EUA: Sindicatos pedem que Biden corte ajuda militar a Israel e cessar-fogo em Gaza

Sete sindicatos nacionais dos Estados Unidos (equivalentes às centrais sindicais no Brasil) enviaram uma carta ao presidente americano Joe Biden pedindo a suspensão imediata da ajuda militar dos EUA a Israel para garantir um cessar-fogo imediato e permanente em Gaza.

A carta foi enviada aos sindicatos membros da National Labor Network for Ceasefire, incluindo o American Postal Workers Union (APWU), a Association of Flight Attendants (AFA), o National Nurses United (NNU), o International Union of Painters and Allied Trades (IUPAT), a National Education Association (NEA), o United Auto Workers (UAW), o Service Employees International Union (SEIU) e o United Electrical Workers (UE).

Leia: Centrais sindicais brasileiras se reúnem com dirigentes do United Auto Workers em NY

A rede nominada “The National Labor Network for Ceasefire” (“rede nacional trabalhista pelo cessar-fogo”, em tradução livre) informou que representa cerca de 9 milhões de trabalhadores, o que equivale a aproximadamente metade de todos os sindicalizados no país.

A carta expressa a decepção dos sindicatos com a incapacidade do governo Biden de garantir um acordo de cessar-fogo, especialmente depois que, em maio, o presidente divulgou uma proposta de cessar-fogo em três fases que ainda não se concretizou.

“Acreditamos que o corte imediato da ajuda militar dos EUA ao governo israelense é necessário para que haja uma solução pacífica para esse conflito”, afirma o texto.

O grupo adverte que as crescentes tensões na região “ameaçam envolver ainda mais civis inocentes em uma guerra mais ampla” e que “a crise humanitária se aprofunda a cada dia, com fome, deslocamento em massa e destruição da infraestrutura básica, incluindo escolas e hospitais”.

Veja também: Centrais sindicais prestam apoio a Lula em fala contra guerra na Faixa de Gaza

A rede também destacou que conversou com líderes de sindicatos palestinos que relataram “histórias de partir o coração” sobre as condições da população em Gaza.

“Sr. Presidente, o momento de agir de forma decisiva para acabar com essa guerra é agora. Interromper a ajuda militar dos EUA a Israel é a maneira mais rápida e segura de fazer isso, é o que a lei dos EUA exige, e mostrará seu compromisso em garantir uma paz duradoura na região”, diz a carta.

Os pontos fundamentais defendidos pelos sindicatos são:

  • Cessar-fogo imediato em Gaza;
  • Restabelecimento dos direitos humanos básicos;
  • Liberação imediata dos reféns feitos pelo Hamas;
  • Acesso livre para a chegada de ajuda humanitária;
  • Pedido de Joe Biden por um cessar-fogo permanente.

O Ministério da Saúde de Gaza afirma que mais de 39.000 palestinos foram mortos na Faixa de Gaza desde outubro.

Entretanto, um relatório recente da revista The Lancet afirma que é plausível estimar que “até 186 mil ou até mais mortes possam ser atribuídas ao atual conflito em Gaza”. Essa estimativa equivale a cerca de 8% da população de Gaza.

Compartilhe:

Leia mais
homenagem csb aniversario getulio vargas
Homenagem da CSB ao aniversário de Getúlio Vargas: O Estadista do Povo
sede inss brasília
Governo lança novo programa com gratificação a servidores para reduzir fila do INSS
eleições sindimvet
Sindimvet-SP chama profissionais para eleger nova diretoria do sindicato; vote aqui
plenaria classe trabalhadora
CSB convoca sindicatos para Plenária da Classe Trabalhadora em Brasília
suspensão processos pejotização gilmar mendes
Suspensão de processos sobre pejotização ameaça direito do trabalho no Brasil
reunião NR-1 geral
Governo adia nova regra que responsabiliza empresa sobre saúde mental do trabalhador
cassação glauber braga
O mandato de Glauber Braga e a responsabilidade das centrais sindicais
1o de maio shows sp
1º de Maio em São Paulo terá shows gratuitos com Fernando & Sorocaba e outros; veja agenda!
sindineves gcm
Sindineves denuncia Prefeitura de Ribeirão das Neves (MG) por conduta antissindical
mudança tabela imposto de renda 2025
Governo muda tabela do IR e renova isenção para até dois salários mínimos