Sindicatos conseguem aumento real em 86% das negociações coletivas em 2024

No primeiro semestre de 2024, 86% das negociações coletivas conquistaram reajuste salarial acima da inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), apontou relatório do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos). Dentre as categorias com data-base em junho, 87,8% tiveram aumento acima do INPC.

Com o resultado de junho, os sindicatos registraram aumento salarial acima da inflação em mais de 80% das negociações por sete meses seguidos. De acordo com o Dieese, o quadro é de estabilidade em níveis elevados e contrasta com o observado no segundo semestre de 2023, que foi de piora crescente nos resultados das negociações entre agosto e novembro.

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Das 6.728 negociações coletivas analisadas no primeiro semestre deste ano, 86% tiveram reajuste acima do INPC, 11% equipararam à inflação e 3% ficaram abaixo.

Resultados por setor

Na indústria e nos serviços, os ganhos reais foram registrados em 87% das negociações. No comércio, aumento acima da inflação é menos frequente, mas ocorreu em 76,5% dos acordos. Por outro lado, o setor teve o menor índice de resultados abaixo da inflação, com 2,1%.

Pisos salariais acima do salário mínimo

Os valores dos pisos salariais são apresentados em dois indicadores:

1) valor médio, equivalente à soma dos valores de todos os pisos, dividida pelo número de pisos observados; e

2) valor mediano, que correspondente ao valor abaixo do qual está a metade dos pisos analisados.

O valor mediano sofre menos influência dos valores extremos da série, indicando melhor a distribuição dos pisos.

 O valor médio dos pisos salariais analisados nesse primeiro semestre do ano foi de R$ 1.684,06; e o valor mediano, R$ 1.560.

Na comparação entre os setores, o maior valor médio pertence aos serviços (1.700,55); e o maior valor mediano, ao setor rural (R$ 1.627,43). Já o menor valor médio é da indústria (R$ 1.657,40); e o mediano, do comércio (R$ 1.551,00).

No recorte geográfico, os maiores pisos salariais médios e medianos são, até o momento, os da região Sul (respectivamente R$ 1.772,00 e R$ 1.730,19); e os menores, os do Nordeste (respectivamente R$ 1.554,95 e R$ 1.457,00).

Em todos os recortes, os pisos salariais ficaram acima do piso nacional, que é de R$ 1.412.

Veja: Salário mínimo no BR é menos da metade do valor necessário para garantir vida digna

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