Fim da escala 6×1 só será aprovado com muita pressão popular sobre o Congresso, diz ministro

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, declarou nesta quinta-feira (25) que o fim da escala 6×1 só será viável se houver “muita pressão” sobre o Congresso Nacional. Segundo ele, caso o Legislativo permaneça “livre, leve e solto”, os trabalhadores serão prejudicados.

A afirmação foi feita durante entrevista ao programa “Bom dia, ministro”, transmitido pela TV Brasil. Questionado sobre a tramitação do tema no Congresso, Marinho disse apoiar tanto o fim da escala 6×1 quanto a redução da jornada de 44 para 40 horas semanais.

“É preciso botar muita pressão no Congresso Nacional para isso ter possibilidade de vitória”, afirmou, citando como exemplo a mobilização popular que barrou a chamada PEC da blindagem.

Em fevereiro, a deputada Erika Hilton (PSOL-SP) apresentou uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que busca reduzir a jornada máxima para 36 horas semanais, em quatro dias por semana. O texto também prevê o fim da escala 6×1.

O ministro reiterou que a proposta tem o apoio do governo, mas destacou que, sem mobilização nas ruas, não haverá aprovação. Uma pesquisa recente da Quaest apontou que 70% dos deputados federais são contra o fim da escala 6×1.

SAIBA: Representantes do povo? 71% da população é contra a escala 6×1, mas 70% dos deputados são a favor

“O Parlamento brasileiro tem um perfil que, se deixar ele livre, leve e solto, só vem prejuízo para a classe trabalhadora brasileira. O tema trabalho é um tema que tem muita dificuldade de tramitar no Congresso Nacional. Só vai de um jeito, é muita pressão. Parece feijão velho, só vai com pressão”, disse Marinho.

Ele também sugeriu que os eleitores levem em consideração a posição dos candidatos sobre a questão no momento de escolher deputados e senadores nas eleições de 2026.

Com informações de G1
Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

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