Desonerações acrescentaram 0,17 ponto percentual ao PIB, diz Holland

Desde de 2011, governo permite que empresas alcançadas pela desoneração da folha salarial recolham entre 1% e 2% de seu faturamento

O governo estima que a desoneração da folha de pagamentos dos três primeiros setores beneficiados pela redução de impostos em 2011 elevou o PIB em 0,17 ponto percentual. Os cálculos feitos pela Fundação Getulio Vargas (FGV) foram citados pelo secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland, como indicativo do sucesso da medida.

Apesar de considerar que os resultados foram “melhores que o esperado”, o secretário não deu qualquer indicação de como o governo pretende prorrogar a medida além de dezembro, data em que deve vencer, ou qual a estratégia para que a desoneração da folha seja permanente, como já prometeu o ministro Guido Mantega.

Segundo Holland, nenhum novo setor econômico será beneficiado pela mudança no sistema de pagamento da contribuição à Previdência em 2014. Ele não descarta que durante a discussão para a extensão do benefício, o governo faça ajustes pontuais. “Serão correções marginais, mas será mantido o mesmo espaço de desonerações – é o máximo que está previsto acontecer”, disse.

O secretário fez uma reunião de avaliação com centrais sindicais e representantes de empresários para avaliar a política de desoneração da folha de pagamento. Além do estudo da FGV, Holland cita pesquisa de opinião feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) para justificar o corte de R$ 13 bilhões em impostos em 2013 e outros R$ 21,6 bilhões este ano.

De acordo com os dados, 96% dos segmentos industriais beneficiados iriam aderir ao novo sistema de recolhimento à Previdência Social, mesmo se tivessem a opção de continuar na modalidade antiga. Além disso, 87% das empresas pesquisas disseram ter havido uma queda no valor recolhido, 70% afirmaram ter havido aumento da competitividade de seus produtos no mercado externo.

Desde 2011, o governo permite que as empresas alcançadas pela desoneração da folha salarial recolham entre 1% e 2% de seu faturamento em vez da contribuição patronal de 20% sobre o valor dos salários pagos. Atualmente, 56 setores são beneficiados pela medida.

O gerente de política econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, disse que uma das dificuldades é que a desoneração não tem caráter permanente. “Quanto mais longo o horizonte, mais certeza as empresas têm para investir”, disse.

Fonte: Valor Econômico

Compartilhe:

Leia mais
regulamentação ia inteligência artificial
Regulamentação da IA é tema em destaque para centrais sindicais no Congresso
papa leão XIII e papa leão XIV
Com o nome Leão XIV, novo Papa homenageia Leão XIII, defensor dos trabalhadores e abolicionista
mapa mundi brasil no centro
IBGE lança mapa-múndi com Brasil no centro e hemisfério sul na parte de cima
geração de empregos recorde em fevereiro
Procurador denuncia "pejotização" como forma de burlar direitos trabalhistas
csb centrais sindicais com ministro maurcio godinho tst
Centrais entregam agenda jurídica do movimento sindical ao vice-presidente do TST
csb menor (40)
Desigualdade de renda no Brasil é a menor desde 2012, aponta IBGE
csb menor (1)
Encontro Executiva Nacional CSB 2025: painel 6 – Trabalhadores e meio ambiente
ministro do trabalho luiz marinho em audiencia na camara
Ministro do Trabalho defende fim da escala 6x1 e jornada de 40 horas na Câmara
csb menor (2)
Centrais apresentam pauta prioritária e agenda legislativa em reunião no Congresso
painel 5 encontro executiva nacional csb 2025
Encontro Executiva Nacional CSB 2025: painel 5 – Agenda parlamentar sindical; assista