CSB marca presença em atos em defesa da soberania nacional e contra o tarifaço em todo o país

A Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) esteve presente nos atos realizados nesta sexta-feira (1º de agosto) em diversas cidadess do país em repúdio às medidas adotadas pelos Estados Unidos contra o Brasil, consideradas uma afronta à soberania nacional. As manifestações ocorreram no mesmo dia em que entraria em vigor o chamado “tarifaço” norte-americano, que impõe uma taxa de 50% sobre produtos exportados pelo Brasil. A medida foi confirmada pelos EUA, mas será implementada a patir de 6 agosto.

Em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, os protestos se concentraram em frente ao consulado e à embaixada dos EUA, respectivamente, enquanto em Fortaleza, Porto Alegre, Pelotas, Salvador e Belo Horizonte as mobilizações ocorreram em pontos centrais das cidades.

LEIA: Em defesa da soberania nacional e contra taxação intervencionista dos EUA

A mobilização foi organizada por centrais sindicais e movimentos sociais em resposta a uma série de medidas recentes do governo estadunidense, que vão além da esfera econômica, incluindo investigações sobre o sistema de pagamentos Pix e sanções a ministros do Supremo Tribunal Federal.

No ato realizado em São Paulo, o secretário-geral da CSB, Álvaro Egea, defendeu que o momento exige uma reavaliação do rumo econômico do país, comparando a situação atual com as medidas tomadas por Getúlio Vargas durante a Segunda Guerra Mundial para fortalecer a indústria nacional. Ele afirmou que esta é uma oportunidade para romper com um “modelo econômico dependente do imperialismo norte-americano“, citando dependências nas áreas econômica, tecnológica, militar e cultural.

Álvaro Egea (de boina) falou pela CSB no ato em São Paulo

Egea destacou a necessidade de apoio ao governo brasileiro no enfrentamento às medidas dos EUA, argumentando que será preciso rever políticas fiscais para socorrer setores afetados pelo aumento de tarifas. “O presidente e o povo brasileiro serão desafiados a romper com o arcabouço fiscal, porque nós teremos que socorrer os setores econômicos afetados por esse tarifaço do Trump”, afirmou.

O dirigente sindical também defendeu a diversificação de parcerias comerciais, com ênfase nos BRICS e no chamado Sul Global, como alternativa à dependência dos Estados Unidos. Ele criticou duramente o papel de figuras políticas brasileiras na implementação de punições ao próprio país, acrescentando que a pressão popular é a única forma de derrotá-las.

“O que os americanos podiam dar ao Brasil, eles já deram, que foi o tarifaço, com esses fascistas antipatriotas trabalhando contra o próprio país. Prisão para Bolsonaro! Prisão para esses fascistas que estão contra nosso país. Viva o povo brasileiro! Somente o povo pode derrotar esses traidores!”.

Ato em São Paulo reuniu milhares de representantes de sindicatos e movimentos sociais

Os atos integram um calendário ampliado de mobilizações que seguirá até o Grito dos Excluídos, em 7 de setembro. 

Confira imagens dos atos nas demais cidades:

Brasília

Porto Alegre

“A CSB está aqui cumprindo um dever cívico, um dever de todo cidadão e toda cidadã brasileira: defender o país, defender a nossa independência, defender a nossa autonomia, e não permitir que nenhum gringo, que ninguém de fora, com a cumplicidade de bandidos aqui no Brasil venham intervir na nossa pátria. A nossa constituição é soberana, o nosso país é livre e independente. Vivemos um período de grande avanço democrático, inclusive com a queda do desemprego como nunca antes houve na história do Brasil. Não vamos permitir que pessoas mal-intencionadas, que deveriam estar presas, que nem a família Bolsonaro. Esses já deveriam estar encarcerados. O Brasil é independente, seguirá independente, e os brasileiros não faltarão à luta. O Brasil é nosso! Ninguém vai botar a mão.”
Sérgio Arnoud, presidente da CSB-RS durante o ato em Porto Alegre

Salvador

Fortaleza

Não vamos permitir que ditadores de outros países venham querer dar ordem no nosso país. Aqui tem soberania, tem juventude aguerrida, uma classe trabalhadora de respeito, que não vai se submeter aos caprichos dos norte-americanos, que querem roubar nossas riquezas e acabar com o nosso país. Não tem anistia, galera! Não tem anistia para golpista, não tem anistia para quem tentou dar um golpe e desrespeitar a nossa democracia. Fora, Bolsonaro! Fora, Trump! Viva a classe trabalhadora e viva o Brasil!
Francisco Moura, presidente da CSB-CE durante o ato em Fortaleza

Belo Horizonte

“Defender o país não é só obrigação do governo, defender o país é obrigação do povo brasileiro. Não é de agora que estamos enfrentando essa luta, aqui está a resistência deste país. A implementação do ‘tarifaço’ de 50% sobre nossos produtos exportados é uma afronta que não podemos aceitar. Estamos aqui para mostrar que, unidos, somos mais fortes e que defenderemos nossos interesses com determinação!”
Hely Aires da Silva, presidente da CSB-MG

Rio de Janeiro

Manaus

Compartilhe: