Desde terça-feira (5), o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Pelotas (Sticmpel) tem feito uma série de visitas a canteiros de obras da cidade para conscientizar a categoria a respeito da falta de avanço nas negociações da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) com o lado patronal. A entidade avalia que a necessidade de paralisar as atividades já é certa.
A mobilização continuou nesta quarta-feira (6) com ações nos portões de obras, como a do empreendimento Porto 5, na Avenida Salgado Filho. Diretores do sindicato conversaram com os funcionários e reforçaram a possibilidade de uma greve geral no setor nas próximas semanas.
“Estamos encontrando bastante apoio entre os trabalhadores, eles estão entendendo e estamos conscientizando a categoria de que será necessário realizar uma paralisação, para que possamos avançar no que estamos pedindo na pauta”, afirma o vice-presidente do Sticmpel e diretor da CSB-RS, Dercirio Júnior.
De acordo com ele, as empresas têm se recusado a negociar pontos centrais da pauta, como o reajuste salarial de 8% e o pagamento de cesta básica, além de quererem impedir a fiscalização sindical nas obras. Ele destacou que, embora as construtoras aleguem representar 67% do PIB de Pelotas, elas não têm demonstrado disposição em debater melhorias para os trabalhadores que sustentam esse resultado.
“As empresas abandonaram a mesa de negociações e atrasam o reajuste dos salários dos trabalhadores. Não vamos aceitar isso, por isso vamos parar as obras de Pelotas”, diz Júnior.
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