Central se mobiliza pelos perseguidos na ditadura, pelas mulheres e os trabalhadores rurais

Os três temas foram destaque na reunião da Diretoria Executiva e ampliaram a mobilização da Entidade na luta pelos direitos trabalhistas

A participação da CSB no Grupo de Trabalho “Ditadura e Repressão aos trabalhadores, às trabalhadoras e ao movimento sindical”, da Comissão Nacional da Verdade (CNV), a atuação da Secretaria para as Mulheres da Central nos eventos promovidos pelo governo e a mobilização em defesa dos trabalhadores rurais foram destaque na reunião da Diretoria Executiva, realizado nos dias 10 e 11 de setembro.

GT da Comissão da Verdade

O secretário-geral da CSB, Alvaro Egea, expôs aos dirigentes a participação ativa da Entidade nos trabalhos do GT da CNV. As atividades do Grupo estão em fase final; o relatório da apuração dos crimes cometidos contra os trabalhadores e dirigentes sindicais na época da ditadura será entregue ao governo até 16 de dezembro. No documento, também constarão provas do envolvimento de empresas privadas e estatais na perseguição aos trabalhadores e sindicatos.

IMG_8099Egea explicou que o trabalho da Central de garimpar informações sobre os perseguidos pelo regime tem sido essencial para o resultado final. “Fomos atrás de documentos que comprovam que os trabalhadores foram massacrados pela ditadura. O empenho de cada companheiro na busca por nomes e familiares foi incansável”, disse.

Na reunião, o secretário-geral relembrou do Ato Sindical promovido pela CSB em memória dos trabalhadores torturados e perseguidos. “Realizamos, em Sorocaba, um evento emocionante, que homenageou companheiros e familiares que sofreram as agruras do Golpe de 1964”, afirmou Alvaro Egea.

1º Encontro Nacional das Mulheres da CSB

A Secretaria para as Mulheres da Central tomou corpo em 2014 com ações e a articulação em grupos de discussão importantes, principalmente naqueles promovidos pela Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR). Por conta desta força de atuação, o presidente Antonio Neto anunciou a realização do 1º Encontro Nacional das Mulheres da CSB, em março de 2015.

Antonieta de Faria, Maria Abadia, Rita Dias, Andrea Myrrha, Márcia Egea, Beatriz Elias da Silva e Nilvone de Oliveira encabeçam a Secretaria da CSB e levam os ideais de igualdade de gênero da Central para as mesas de debates. As mulheres da Central participaram de eventos como o encontro de Dilma Rousseff com as representantes dos movimentos sociais e sindical, em março; com as sindicalistas, que entregaram à presidenta a pauta de reivindicações, em setembro; e o 2º Encontro com Mulheres Sindicalistas ‘Diálogos sobre o Mundo do Trabalho: Desafios para a Autonomia Econômica das Mulheres’, organizado pela SPM-PR no mesmo mês.

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“No encontro com Dilma em março, eu disse à presidenta que no Amazonas não chegam as políticas públicas para as mulheres. Vamos lutar para que as oportunidades sejam iguais em todo o Brasil”, afirmou Rita Dias, que também é presidente do Sindicato dos Contabilistas do Amazonas.

Entre as pautas da Secretaria para as Mulheres da Central estão a aposentadoria especial, maior participação da mulher na política e a igualdade de gênero no trabalho. Hoje, as mulheres chegam a ganhar 30% a menos que os homens que ocupam o mesmo cargo.

“As mulheres desempenham as mesmas funções dos homens, mas continuam ganhando menos. Vamos usar a força da CSB para mudar este cenário”, criticou Maria Abadia.

“Estamos aqui por uma convicção ideológica. Por vontade de representar a figura da mulher da CSB, na defesa da igualdade de gênero”, defendeu Tieta.

A realidade do trabalhador rural

Paulo Oyamada, Antônio Cerqueira de Souza (Toti) e Toninho Bom integram a Secretaria Nacional dos Trabalhadores Rurais da CSB. Os dirigentes expuseram a situação do homem do campo brasileiro, que está sendo substituído por máquinas nas lavouras.

A Executiva da Central afirmou que há, hoje, a pulverização dos sindicatos dos trabalhadores rurais que caminha para a extinção da categoria. Para a Entidade, é hora de lutar para que as oportunidades de emprego para os trabalhadores rurais aumentem.

“A mão de obra barata tem sido cada vez mais explorada. As máquinas dominaram as plantações, a precarização do trabalho dominou o campo”, enfatizou Oyamada.

IMG_7663Toninho Bom revelou que 1400 trabalhadores representados pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Capivari e Região já perderam seus empregos. O dirigente afirma que é necessário criar políticas de convênio para cursos profissionalizantes, para que os trabalhadores possam operar as máquinas que hoje dominam seus postos de trabalho.

“O apoio da CSB para articular junto ao governo políticas de incentivos ao trabalhador do campo é fundamental para que evitemos o extermínio da profissão”, destacou o dirigente.

Veja a galeria de fotos da reunião da Diretoria Executiva da CSB

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