Centrais sindicais organizam nova Greve Geral para junho

Entidades afirmam que a mobilização continua até a derrubada das reformas do governo

Em reunião realizada nesta segunda-feira (29), a CSB e as demais centrais sindicais decidiram marcar mais uma Greve Geral para o fim do mês de junho, entre os dias 26 e 30. O objetivo é manter a resistência dos trabalhadores contra as reformas trabalhista e previdenciária propostas pelo governo. No encontro em São Paulo, as lideranças sindicais ainda avaliaram a marcha de Brasília que aconteceu na última quarta-feira (24/05).

De acordo com o presidente Antonio Neto, a manifestação “foi uma das maiores que Brasília já viu” e o próximo passo agora é colocar mais povo na rua para impedir a aprovação de projetos que são um retrocesso ao País. A marcha chegou a reunir mais de 200 mil trabalhadores, que conseguiram exercer seu direito de protestar pacificamente até o início da repressão da Polícia Militar do Distrito Federal com spray de pimenta, cavalaria, bombas de efeito moral, balas de borracha e arma de fogo.

“Tivemos um dia histórico no Brasil para dizer basta às reformas e a este governo de desmandos, um governo que está sendo investigado e que não tem moral para conduzir o País. E qual foi a resposta desse governo? Mandar a polícia para cima dos dirigentes sindicais, atacando até com balas de verdade, um despreparo completo da Polícia do DF. Mas a CSB e todos os seus militantes marcharam naquela esplanada unidos, organizados e de forma ordeira para dizer sempre: Chega! Basta! Chegou a hora de parar com todas as reformas”, avalia Neto.

Além da nova greve, que promete ser maior do que a promovida no dia 28 de abril (ocasião em que mais de 35 milhões de pessoas foram às ruas em 22 estados), as centrais sindicais também continuarão com as manifestações nas bases eleitorais dos deputados e senadores com o intuito de angariar apoio às mobilizações e à derrubada da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/2016 e do Projeto de Lei da Câmara (PLC) 38/2017 – ambos tramitam na Câmara e no Senado, respectivamente.

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