O presidente da CSB, Antonio Neto, e representantes de outras centrais sindicais reuniram-se com o presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Lélio Bentes Corrêa, para discutir medidas emergenciais de manutenção do emprego no Rio Grande do Sul, que já apresentou redução devido à enchentes de maio, e outras pautas do movimento sindical.
Os sindicalistas entregaram ao ministro um documento contendo a Pauta da Classe Trabalhadora, além de cópias das agendas das centrais no Legislativo e no Judiciário, que mapeiam matérias de interesse da classe trabalhadora em tramitação em cada um dos Poderes.
Conheça e baixe as agendas:
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Corrêa falou sobre a questão do modelo de oposição à contribuição assistencial, que tem sido alvo de questionamento no TST, e as lideranças sindicais argumentaram que estão discutindo no Congresso Nacional uma proposta de fortalecimento da negociação e regulamentação do custeio sindical. A ideia é que sindicatos de trabalhadores e patronais cheguem a um acordo que inclua a regulamentação do sistema de oposição.
Antonio Neto lembrou que as próprias centrais já fizeram um termo de autorregulação da contribuição assistencial a fim de coibir possíveis abusos na cobrança da contribuição assistencial, como valores que não condizem com as condições econômicas da categoria ou assembleias que não permitam a ampla participação dos trabalhadores, e que dá mais transparência aos processos e atividades sindicais.
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Ainda assim, ele criticou que parlamentares ligados à extrema-direita têm usado seus mandatos para se vingar do movimento sindical, que se organiza contra aqueles que votam e criam leis que tiram direitos dos trabalhadores, e tentam levar adiante projetos que atropelam as negociações em andamento em retaliação aos sindicatos.
Também participaram da reunião Ricardo Patah, presidente da UGT, Nilza Pereira, secretária geral da Intersindical e Clemente Ganz Lúcio, coordenador do Fórum das Centrais Sindicais.