Na manhã desta quarta-feira (12), o presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Antonio Neto, e dirigentes das demais centrais sindicais se reuniram com o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, e o ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Márcio Macedo, para um diálogo do governo federal com o movimento sindical sobre a agenda do próximo periodo.
As centrais reforçaram a importância da aproximação e do diálogo do governo com o movimento dos trabalhadores para a discussão das pautas prioritárias, como a isenção do imposto de renda para quem ganha até 5 mil reais.
Os dirigentes lembraram como é do diálogo com o movimento sindical que nasceram medidas importantes que trouxeram benefícios efetivos para a vida dos trabalhadores, como a Política de Valorização do Salário Mínimo – que é na prática o maior programa de combate à desigualdade do país – e a liberação do saldo bloqueado do FGTS para quem aderiu ao saque-aniversário e foi demitido, o que corrigiu uma injustiça que afetava mais de 12 milhões de trabalhadores.
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O presidente da CSB reforçou a importância de encontros como esse, mas cobrou o avanço em pautas urgentes para os trabalhadores com as quais o governo já assumiu compromisso, como é o caso da isenção de Imposto de Renda sobre a Participação nos Lucros e Resultados (PLR).
A pauta foi apresentada por Antonio Neto a Lula em um encontro no primeiro semestre de 2023 e foi imediatamente acatada pelo presidente da República, que disse considerar a cobrança absurda uma vez que empresas não pagam imposto sobre lucros e dividendos. Lula reafirmou seu apoio à pauta em agosto de 2024 durante visita a uma fábrica de automóveis.
“Todo mundo que ganha muito não paga Imposto de Renda. O cidadão que ganha R$ 2 milhões de bônus não paga Imposto de Renda. E é o povo, é o pobre, o trabalhador não tem como escapar porque vem descontado no contracheque dele. Eu só estou esperando a oportunidade para que a gente possa dar o bote e aprovar o fim do Imposto de Renda no PLR”, disse ele na ocasião.
Após a reunião, as centrais acompanharam o lançamento do programa Crédito do Trabalhador, que promete juros mais baixos no crédito consignado para trabalhadores CLT.