Pelotas: Rodoviários da Expresso Embaixador discutem flexibilização da CCT

Reunidos em assembleia geral na noite da última quarta-feira (22), na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviários de Pelotas e Região (STTRP), os funcionários da Expresso Embaixador discutiram propostas de flexibilização da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) apresentadas pela empresa a partir do decreto de calamidade pública vigente por causa das enchentes no Rio Grande do Sul.

A empresa apresentou oito pontos, mas três foram retirados de pauta por não poderem ser discutidos separadamente do resto da categoria, pois afetaria também os trabalhadores de outras empresas. Dos cinco restantes, dois foram aprovados e três rejeitados por unanimidade.

Veja também: Sindicatos arrecadam e distribuem doações para vítimas de enchentes no RS

De acordo com o assessor jurídico do sindicato, Carlos Stark, será formulada uma contraproposta com base na decisão da assembleia, que será apresentada à empresa para dar continuidade à negociação.
Para o presidente do STTRP, Claudiomiro do Amaral, a participação expressiva dos funcionários na assembleia – aproximadamente 60% dos trabalhadores estiveram na reunião – mostra o interesse da categoria em encontrar alternativas para auxiliar a empresa a enfrentar a crise.

“Explicamos aos trabalhadores a necessidade de se encontrar um equilíbrio entre as duas partes, tanto para a preservação dos empregos, como da saúde financeira da empresa. Todos os pontos foram analisados cuidadosamente e em separado, para possibilitar uma ampla discussão. A decisão da assembleia é soberana e precisa ser acatada, então, vamos dar andamento na negociação coma empresa a partir do que os trabalhadores decidiram”, afirmou.

A expectativa é de que na próxima semana aconteça uma nova reunião entre representantes do sindicato e da empresa.

Recomendação do MPT

Na semana passada, o Ministério Público do Trabalho divulgou uma recomendação às empresas a fim de preservar os empregos e a atividade econômica no estado. Dentre as medidas sugeridas pelo MPT, está a negociação com os sindicatos para flexibilizar pontos da Convenção Coletiva de Trabalho durante a situação de calamidade.

O MPT recomenda que as empresas não prejudiquem os trabalhadores com medidas como suspensão temporária de contrato de trabalho ou com punições como descontos salariais àqueles que se ausentaram devido às enchentes.

O órgão também orienta as empresas a estabelecerem políticas de flexibilidade de jornada sem redução de salário no período da crise, adotem o teletrabalho quando possível e outras medidas como antecipação de férias, concessão de férias coletivas, antecipação de feriados, adoção de banco de horas e outras alternativas que garantam a renda do trabalhador.

Saiba mais: MPT orienta sobre questões trabalhistas relacionadas às enchentes no RS

Compartilhe:

Leia mais
Lula critica fala de campos neto
Lula critica fala de Campos Neto sobre aumento de salários ser uma "preocupação"
Manifestação contra juros altos 30 de julho
Centrais sindicais farão ato contra juros altos: cada 1% na Selic custa R$ 38 bi ao povo
eduardo leite nova proposta servidores
Governo do RS adia projetos de reestruturação de carreiras de servidores e anuncia mudanças
Grupo de Trabalho estudará impactos da inteligência artificial
Governo cria grupo para estudar impacto da inteligência artificial no mercado de trabalho
GT do G20 sobre emprego em Fortaleza
CSB em reunião do G20: temas discutidos aqui são colocados em prática pelos sindicatos
adolescentes trabalho escravo colheita batatas cerquilho sp
SP: Operação resgata 13 adolescentes de trabalho escravo em colheita de batatas
sindicam-ba filia-se csb
Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens da Bahia filia-se à CSB
Parceria Brasil-EUA contra calor extremo trabalhadores
Parceria Brasil-EUA pelos Trabalhadores e OIT debatem ação contra calor extremo
BNDES abre concurso 2024 veja edital
BNDES abre concurso com 150 vagas e salário inicial de R$ 20 mil; acesse edital
pesquisa jornada flexivel trabalho híbrido
Flexibilidade de jornada é prioridade para 30% dos trabalhadores no Brasil