Solidariedade aos ministros do STF que tiveram vistos cancelados e em defesa da soberania nacional

Manifestamos nossa solidariedade e apoio aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), alvo de agressões injustas por meio das sanções impostas pelo governo de Donald Trump. Estendemos esse apoio, em nome dos magistrados, ao Estado brasileiro.

Vivemos uma conjuntura insana, marcada por crescente tensão política alimentada pela postura autoritária do ex-presidente dos Estados Unidos, que tenta, de forma reiterada e desrespeitosa, intervir nos assuntos internos do Brasil. Trump utiliza alegações absurdas, infundadas e desproporcionais para justificar ataques diretos à nossa soberania – e agora volta sua mira contra o Supremo Tribunal Federal.

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Ao retaliar oito ministros do STF e o procurador-geral da República, Paulo Gonet, por meio da revogação de seus vistos de entrada nos EUA, Trump dá um passo grave no sentido de minar relações diplomáticas construídas ao longo de mais de dois séculos. Suas investidas contra o Brasil são frequentes e cada vez mais alarmantes.

As ações de Trump não revelam apenas a postura de um inimigo do Brasil, mas o colocam como um opositor dos princípios fundamentais que regem a democracia, a liberdade, os direitos humanos e a soberania dos povos. Seu comportamento, inclusive, compromete os próprios interesses dos Estados Unidos.

O Supremo Tribunal Federal cumpre com responsabilidade sua missão constitucional: combater o golpismo, coibir abusos e crimes cometidos no ambiente virtual e aplicar a lei a políticos que, no exercício do poder, atentaram contra a nação e contra o povo brasileiro.

Lamentamos profundamente o desgaste nas relações com os Estados Unidos e seguiremos lutando para que esses laços não sejam definitivamente rompidos. No entanto, não nos curvaremos diante de agressões injustificadas às nossas instituições e aos brasileiros que as representam com dignidade. O Brasil mantém importantes parcerias comerciais e diplomáticas com diversas nações e saberá preservar sua soberania e seu respeito internacional.

Apesar das agressões, o Brasil seguirá em frente, soberano e fiel aos princípios que sustentam a democracia.

São Paulo, 23 de julho de 2025

Antonio Neto, presidente da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros)

Sérgio Nobre, presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores)

Miguel Torres, presidente da Força Sindical

Ricardo Patah, presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores)

Adilson Araújo, presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)

Moacyr Tesch Auersvald, presidente da NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores)

Foto: Wallace Martins/STF

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