Servidores de Minas Gerais mobilizados – ações pelo fim do desrespeito do governo estadual continuam em BH

Trabalhadores foram às ruas contra política de parcelamento e falta de repasses para os institutos de previdência  

A praça Sete, local escolhido para receber grandes mobilizações na capital mineira, recebeu na tarde desta segunda-feira (23) mais de dois mil servidores estaduais de diversas categorias, que deram um“grito de socorro” contra o descaso do governo estadual em relação às políticas de parcelamentos dos salários, inclusive de pensionistas e aposentados.

Servidores do Instituto de Previdência de MG saem às ruas de Belo Horizonte contra atraso nos salários

A mobilização reuniu servidores do Instituto de Previdência dos Servidores de Minas Gerais (IPSEMG) com servidores da Polícia Civil, agentes de segurança penitenciária, policiais e bombeiros militares. Segundo a diretora de Relações Sindicais do Sindicato dos Servidores do IPSEMG (SISIPSEMG), Antonieta de Cassia de Faria, a Tieta, sem conotação política e eleitoral, a ação foi realizada para alertar a população das atrocidades do governo.

“A mobilização foi muito boa, demos o recado ao governo de que os servidores não estão mortos. Nossa mobilização não tinha conotação política e nem eleitoreira, era um protesto contra esses atrasos e parcelamentos de salários, além da fragilização dos institutos de previdência e falta de repasse. Esse foi nosso pedido de socorro para mostrar para a sociedade o que realmente está acontecendo. Acho que o propósito foi alcançado e o recado foi dado”, falou Tieta.

Sem retorno algum por parte do governo, que não quer dialogar com os trabalhadores, os representantes dos servidores devem se reunir para decidir os próximos passos do movimento. Por enquanto, para não prejudicar ainda mais os servidores e a população que necessitam de atendimento, Tieta garante que não haverá paralisação.

Servidores do Instituto de Previdência de MG saem às ruas de Belo Horizonte contra atraso nos salários

“Esse governo não tem diálogo com o servidor. Mas a princípio não haverá greve porque os servidores públicos já estão sendo penalizados pela falta de atendimentos médicos por conta da falta dos repasses. O pouco que resta não surtirá efeito, pois se o governo adoecer, ele não procura os hospitais públicos. Com isso, estaríamos ferindo mais ainda nossos usuários ”, falou Tieta, garantindo, entretanto, as manifestações.

Outro foco das mobilizações dos servidores é o contato direto com a população para alertá-la. “Nós temos recebido um grande apoio da população de Minas Gerais. Eu tenho dito que os servidores estão pedindo socorro pela sobrevivência da categoria, e a população tem sido solidária”, finalizou a dirigente, que também é secretária da Mulher Trabalhadora na Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB).

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