Trabalhadores se mobilizaram também em frente ao Hospital Geral do IPSEMG; sindicato que representa a categoria condena o desrespeito do governo do estado com os funcionários
Os servidores do Instituto de Previdência do Estado de Minas Gerais (IPSEMG) iniciaram na manhã desta quinta-feira (12) a agenda de mobilizações contra o descaso do atual governo no pagamento dos salários. A decisão foi tomada pelos trabalhadores em assembleia realizada na última quarta (11).
Servidores do Instituto de Previdência de Minas Gerais aprovam agenda de paralisações
O ato começou em frente ao Hospital Geral do IPSEMG (HGIP), onde centenas de servidores participaram de um apitaço. Em seguida, os servidores fecharam ruas do centro de Belo Horizonte.
A diretora de Relações Sindicais do Sindicato dos Servidores do IPSEMG (Sisipsemg), Antonieta de Cássia de Faria, a Tieta, afirma que as mobilizações foram positivas e contaram com o apoio da população.

Ainda segundo Tieta, dirigentes dos sindicatos irão se reunir com servidores do interior do estado, que, atualmente, precisam se deslocar até a capital para terem atendimento médico, uma vez que diversas clinicas deixaram de atender os servidores por falta de repasse do governo. A próxima paralisação também já tem data marcada.
“Vamos cuidar do nosso pessoal do interior e ver quais são os próximos passos. Na próxima quarta-feira (18), nós vamos fazer outra paralisação com movimento de rua e nesta sexta-feira (13) vamos nos reunir com todos os sindicatos de servidores estaduais para deliberarmos uma greve geral no dia 23 de julho”, explicou a dirigente. O governo ainda não se manifestou sobre o assunto.
A situação e a insegurança sobre o pagamento dos aposentados também têm causado preocupação da entidade sindical. “O governo diz que se sobrar vai pagar os aposentados, que estão endividados e sem dinheiro para comprar remédio. Eles compram [medicamentos] consignado, o governo desconta em folha e não repassa para as empresas, cortando o crédito que os aposentados têm. Eles estão todos endividados e a situação está muito triste, a coisa está realmente feia”, finalizou Tieta.
Situação
As mobilizações foram motivadas pela redução no valor da primeira parcela do salário. Os servidores também querem o pagamento em dia, o fim do parcelamento abusivo dos salários e da discriminação do governo do estado contra os servidores do Instituto. Os trabalhadores cobram melhorias nas condições de trabalho, valorização dos aposentados, que estão sem reajustes há anos, e uma solução para situação caótica enfrentada pelo IPSEMG.
 
				 
															 
								






