O Ministério do Trabalho divulgou os números do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) nesta quinta-feira (30), revelando que houve aumento de 16,5% em empregos com carteira assinada. Ao todo, foram gerados 1,69 milhão de empregos formais em 2024, resultado de um saldo de 25,57 milhões de contratações e 23,87 milhões de demissões.
De acordo com o Caged, ao final de 2024, o Brasil registrou 47,21 milhões de empregos com carteira assinada, enquanto no mesmo período do ano anterior foram registrados 45,51 milhões, um aumento de 3,7%. Em 2023, foram gerados 1,45 milhão de postos de trabalho formais.
Ler também: Mercado financeiro errou 95% das previsões econômicas desde 2021, diz levantamento
Foi registrado aumento também no salário real médio de admissão. Em dezembro do ano passado, esse valor foi de R$ 2.162,32, diante de R$ 2.128,90 em 2023. Na média anual, o salário médio real de admissão ficou em R$ 2.177,96, com aumento de R$ 55,02 (+2,59%) em comparação com o valor do mesmo período de 2023 (R$ 2.122,94).
Os dados mostram ainda que novos postos de trabalho foram abertos em todas as regiões e estados do país no ano passado. Ao analisar os números por estados, São Paulo e Rio de Janeiro foram os que mais criaram vagas no último ano, com 459.371 e 145.240 respectivamente. Outros estados que tiveram aumento significativo foram Minas Gerais (+139.503), Paraná (+128.012) e Santa Catarina (+106.392).
Todos os 5 grandes setores da economia tiveram saldo positivo, sendo os melhores resultados no setor de Serviços, com geração de 929.002 postos (4,20%), e Comércio, com 336.110 postos (+3,28%).
A Indústria, com geração de 306.889 postos no ano (+3,56%), foi destaque puxada pela geração de empregos na indústria de transformação (+282.488). Somando o acumulado do ano de 2024 (janeiro a dezembro) e o mesmo período de 2023, quando foram gerados 125.002 postos de trabalho, houve acréscimo de +431.891 empregos formais no setor.
A Construção Civil foi responsável pela geração de +110.921 postos (+4,04%) e a Agropecuária, por +10.808 postos no ano (+0,61%).
Preocupação
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, demonstrou preocupação com o aumento da taxa Selic para 13,25% ao ano (+1 ponto percentual), anunciado pelo Banco Central nesta quarta-feira (29). Ele afirmou que, apesar dos resultados positivos, a política de juros altos promovida pela autoridade financeira tem efeitos negativos na economia e no mercado de trabalho.
“Não sei por que há um novo contrato de um novo aumento dos juros, que é um absurdo na minha opinião. É preciso que a direção do BC avalie a possibilidade de não executar essa possibilidade de um novo aumento dos juros no Brasil”, disse o ministro.
Com informações de G1 e Agência Gov
Foto: reprodução
LEIA MAIS