Para 56%, reforma trabalhista beneficiou patrões; 77% querem carteira assinada 

A mais recente pesquisa Datafolha explorou alguns pontos sobre o mundo do trabalho a percepção sobre a reforma trabalhista no Brasil. Veja o resumo dos dados: 

  • Para 56% dos brasileiros, a reforma trabalhista trouxe mais benefícios para os patrões do que para os trabalhadores.  
  • 77% dos trabalhadores preferem ter carteira assinada, com direitos trabalhistas, mesmo que a remuneração seja menor. 
  • 61% dos autônomos gostariam de contrato formal CLT. 
  • 64% dos informais já tiveram carteira assinada. 
  • 11% estão desempregados. 

Reforma trabalhista 

Enquanto 56% avaliam que a reforma trabalhista de 2017 beneficiou os empregadores, 27% acreditam que trabalhadores e patrões foram beneficiados na mesma medida, e 6% das pessoas responderam que os trabalhadores tiveram mais vantagens. 

A opinião contrária à reforma supera os 50% em quase todos os grupos pesquisados, exceto dentre os que ganham acima de dez salários mínimos (37% são contra), moradores da região Sul (43%) e empresários (27%). 

Carteira assinada 

O Datafolha levantou também que a preferência por trabalhar com carteira assinada é de 77% ainda que o salário seja menor, mas com direitos trabalhistas garantidos. O percentual alto se mantém mesmo após a reforma ter deformado a CLT e permitido outros tipos de contrato. 

Já outros 21% disseram que preferem trabalhar sem CLT no caso de a remuneração ser mais alta. Entre autônomos, profissionais liberais e freelancers, o índice sobe para 37%. Até mesmo entre os empresários a preferência por direitos trabalhistas é maior: apenas 28% gostariam de salários mais altos em vez de direitos. 

Dentre os que atualmente trabalham por conta própria, 61% trocariam a ocupação atual por uma com carteira assinada e 64% já trabalharam com registro CLT. Segundo a pesquisa, 70% dessas pessoas estão nessa situação há mais de dois anos e 19%, há menos de um ano. 

Desemprego 

Ainda de acordo com o levantamento, 11% dos entrevistados estão desempregados, sendo que 9% procuram trabalho (e portanto entram no critério de desemprego do IBGE) e 2% deixaram de procurar (são os que compõem o grupo dos desalentados na estatística do IBGE). 43% dos desempregados estão assim há mais de dois anos. 

A pesquisa 

A pesquisa Datafolha foi realizada nos dias 19 e 20 de dezembro de 2022 e entrevistou 2026 pessoas em todo o Brasil, em 126 municípios. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%. 

Leia também: Homens se aposentam cerca de 3,5 anos mais tarde após Reforma da Previdência de 2019 

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