CSB e centrais fazem protesto pela aprovação do reajuste do piso regional do RS

A CSB no Rio Grande do Sul, junto a outras centrais no estado, fez uma manifestação na manhã desta terça-feira (18) no centro de Porto Alegre pela aprovação do reajuste do piso regional do RS. A proposta de um reajuste de 9% foi encaminhada pelo governo de Eduardo Leite à Assembleia Legislativa em junho, mas até hoje não foi votada.

A expectativa era de que a votação finalmente ocorresse na Comissão de Constituição e Justiça nesta segunda-feira (17) mas, mais uma vez, um deputado pediu vista e a matéria foi retirada da pauta.

O vice-presidente da CSB-RS, Antonio Roma, estava na Alergs participando da pressão dos sindicalistas pela aprovação do projeto (PL 290/2023) e afirmou que a interrupção foi fruto da pressão patronal.

“Enquanto esperávamos pela votação deste projeto, um deputado de direita, Cláudio Tatsch, pediu vistas e novamente a votação foi adiada. Este deputado na realidade, representa a classe patronal”, contou.

Após o novo adiamento, os sindicalistas decidiram protestar em frente ao Palácio Piratini e à Catedral Metropolitana devido a um café da manhã realizado na Cúria Metropolitana que reuniu representantes do governo do estado e das entidades patronais.

“O debate deles visa negar a votação do piso regional do estado do Rio Grande do Sul, e se possível, dar um fim a existência do mesmo”, denunciou Roma.

Os deputados contra a aprovação do reajuste alegam que o piso regional já foi reajustado em 10,6% a partir de 1º de fevereiro deste ano e que uma nova correção seria inviável.

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Roma, porém, explica que o reajuste aprovado no início do ano era referente a outubro de 2022 e, por isso, há mais uma discussão de reajuste ocorrendo no momento.

O salário mínimo regional no Rio Grande do Sul tem cinco faixas salariais que atualmente variam de R$ 1.443,94 a R$ 1.829,87, de acordo com a categoria profissional. Se aprovado o novo percentual, as faixas irão variar de R$ 1.573,89 a R$ 1.994,56.

As centrais argumentam que este acréscimo representa 1 litro de leite e dois pães a mais por dia na mesa das famílias dependem do salário para viver, o que demonstra como é importante para os trabalhadores que a proposta seja aprovada o quanto antes.

“Estamos atentos à movimentação do parlamento e queremos convidar a todos os dirigentes e trabalhadores para nos contrapor à posição empresarial que insiste em ignorar a situação da classe trabalhadora”, destacou o dirigente da CSB-RS.

Veja também: Governo de SP sanciona aumento do salário mínimo paulista; proposta das centrais

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