Isenção de Imposto de Renda para salários até 5 mil tem apoio de 75% da população, diz Quaest

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Genial/Quaest revelou que a proposta do governo Lula de isentar do Imposto de Renda (IR) quem recebe até R$ 5 mil por mês tem amplo apoio da população, com 75% de aprovação. Divulgado nesta quarta-feira (11), o levantamento demonstrou que a medida conta com o apoio de eleitores de diferentes faixas de renda e também entre aqueles que votaram em Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022.

A proposta de ampliar a faixa de isenção do IR, uma das promessas da campanha do presidente Lula (PT), foi apresentada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no mesmo dia em que anunciou um pacote de corte de gastos. A medida, no entanto, precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional e, caso isso aconteça, deve entrar em vigor apenas em 2026.

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Atualmente, a faixa de isenção do Imposto de Renda é até R$ 2.259,20, mas, na prática, quem ganha até dois salários mínimos (R$ 2.824) não paga o IR porque a política de valorização do salário mínimo (Lei 14.663, de 2023) autoriza o desconto simplificado de 25% sobre o valor do limite de isenção

O apoio é maior entre quem ganha mais de cinco salários mínimos, alcançando 82%. Já entre aqueles que ganham até dois mínimos a aprovação é de 68%, enquanto 78% dos que têm renda de dois a cinco salários mínimos apoiam a medida.

Apesar da ampla aceitação popular, o anúncio gerou reação negativa no mercado financeiro. No dia seguinte ao anúncio, feito durante transmissão obrigatória no rádio e na tv, o dólar superou os R$ 6 – patamar no qual se manteve até esta quarta – e a bolsa de valores registrou queda.

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Além da proposta de isenção, a pesquisa também avaliou a percepção dos brasileiros sobre o pacote de ajuste fiscal do governo. Somente 38% afirmaram estar cientes das medidas, que incluem mudanças em regras de reajuste do salário mínimo e contenção de despesas.

Entre os que afirmaram conhecer o pacote, 68% consideram que as medidas serão insuficientes para resolver o desequilíbrio fiscal, enquanto 23% acreditam que podem ser suficientes.

Os projetos de ajuste fiscal estão atualmente em tramitação na Câmera dos Deputados, com possibilidade de votação ainda este ano. A Quaest entrevistou 8.598 pessoas entre os dias 4 e 9 de dezembro, em 120 municípios. A pesquisa tem margem de erro de 1 ponto percentual.

Com informações de Valor Econômico
Foto: reprodução

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