Marinho diz que IR será corrigido gradualmente até isentar quem ganha R$ 5 mil 

IR será corrigido gradualmente – O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou que o governo Lula vai mesmo corrigir a tabela do Imposto de Renda para isentar quem recebe até R$ 5 mil por mês, mas que mudança será gradual. A declaração foi feita em entrevista à Globonews nesta terça-feira (24). 

Na semana passada, a notícia de que quem recebe menos de 1,5 salário mínimo pagará Imposto de Renda este ano gerou cobranças a respeito da promessa de Lula de aumentar a faixa de isenção. Segundo Marinho, o compromisso “é pra valer”, e pode começar a ser cumprido ainda em 2023. 

“O presidente Lula é muito responsável. O compromisso [de isenção para até R$ 5 mil] é pra valer, acreditamos que é possível fazer. Estamos discutindo como começar a fazer os ‘degrauzinhos’. É possível falar de alguma correção para este ano? Talvez seja. A economia vem trabalhando. Vai coordenar o processo. Tem esse espaço, vamos fazer. Não tem, vamos trabalhar para o ano seguinte”, declarou. 

Os valores das faixas salariais de contribuição do IR estão paralisados desde 2016, sendo a primeira a partir de R$ 1.903. Com a correção do salário mínimo seguindo a inflação, cada vez mais pessoas entram na primeira faixa obrigada a pagar o tributo. 

Durante os trabalhos de transição, o coordenador da área de orçamento, Wellington Dias, disse que o compromisso de campanha de isentar quem ganha até R$ 5 mil seria feito ao longo do mandato de Lula, que vai até 2026.  

Na semana passada, em reunião com as centrais sindicais, o presidente reafirmou a promessa e pediu fosse feita uma mobilização popular em torno do tema para ajudá-lo na aprovação da medida. 

Leia: Isenção do IR, salário mínimo, lei trabalhista: o que Lula falou em reunião com centrais

Se não for corrigida este ano, a tabela pode ficar ainda mais defasada. Isso porque o mínimo, hoje em R$ 1.302, pode passar para R$ 1.320 a partir de maio. Com a inflação abaixo do previsto, o valor atual já representou uma ligeira valorização real.  

Mesmo assim, as centrais pedem que o piso salarial passe para R$ 1.343, levando em consideração não apenas a inflação, mas também o crescimento do PIB brasileiro nos últimos dois anos. 

“Quando a transição [de governo], junto com o relator do Orçamento, projetou a possibilidade de R$ 1.320, tinha uma [projeção de] inflação maior. Só com a inflação, iria para R$ 1.302, e não contava com a quantidade de pessoas que entraram em 2022 no Benefício de Prestação Continuada e na Previdência”, disse Marinho. 

Com informações de: G1

Compartilhe:

Leia mais
fachada stf - vínculo de emprego terceirização
Terceirização não impede reconhecimento da relação de emprego com tomador, decide STF
csb escala 6x1
Nota da CSB: apoio ao fim da escala 6x1 e pela redução da jornada de trabalho
Pauta centrais sindicais g20 brasil 2024
Trabalho justo e sustentável é pauta das centrais sindicais para Cúpula do G20 Social no RJ
fachada STJ Marcello Casal JR Agencia Brasil
STJ estabelece parâmetros para vínculo empregatício em caso de terceirização ilegal
Lula precisa dar mais segurança aos trabalhadores
PEC apresentada no Congresso propõe redução da jornada de trabalho e fim da escala 6x1
centrais sindicais no g20 social rio de janeiro
G20 Social: centrais lançam documento com propostas para redução das desigualdades
Antonio Neto fala sobre Sindplay no Sindimais 2024
Sindplay é destaque no Sindimais 2024: 'na crise emergem as grandes ideias'
Chapa 1 fenapef
Chapa 1 vence eleição para diretoria da Fenapef com 62% dos votos válidos
STF pauta ações trabalhistas
Servidores públicos podem ser contratados via CLT e outros regimes, valida STF; entenda
reunião juizes de paz bahia csb
CSB-BA apoia regulamentação da profissão de juiz de paz em reunião com governo do estado