Representantes das dez centrais sindicais participaram nesta quinta-feira (19) de três reuniões com ministros do governo Lula, em Brasília. As conversas abordaram temas como recuperação de direitos trabalhistas, revisão da Reforma da Previdência de 2019 e proteção para os trabalhadores em aplicativos.
O dia começou no Ministério do Trabalho, onde as centrais e representantes de entregadores e motoristas em aplicativos debateram com o ministro Luiz Marinho (PT) como garantir proteção a esses profissionais hoje submetidos a uma forma moderna de escravidão.
A situação precária desses trabalhadores já foi denunciada na ONU pelo presidente da CSB, Antonio Neto, durante reunião da OIT (Organização Internacional do Trabalho) no ano passado. Na reunião desta quinta, Neto lembrou o ministro de que é necessário dar atenção também aos profissionais de T.I. nessas plataformas.
“Fiz questão de expor a complexidade da tarefa, uma vez que o trabalho em plataforma abarca milhões de trabalhadores, pois além dos entregadores e motoristas, inúmeros outros profissionais diretamente associados às plataformas digitais precisam ter uma regulamentação que garanta direitos e proteções sociais. Trabalho não pode ser tratado como commoditie”, afirmou Neto após o encontro.
Em seguida, o movimento sindical se encontrou com o ministro da Previdência, Carlos Lupi (PDT), e apresentou suas preocupações na área. Sindicalistas e ministro falaram sobre as filas do INSS, a preocupação com aqueles que têm o benefício negado injustamente e a necessidade de rever a Reforma da Previdência de Bolsonaro.
“Queremos uma profunda rediscussão da Reforma, garantindo o justo acesso de milhões de trabalhadoras e trabalhadores à aposentadoria digna. Nosso país escolheu o caminho da Seguridade Social e não da Previdência”, explicou Neto.
Por fim, o ministro da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta (PT), recebeu as centrais para uma conversa sobre como sua pasta pode ajudar a valorizar o movimento sindical, a negociação coletiva e contribuir na luta para a recuperação dos direitos trabalhistas.