Greve na Qintess – Começou nesta segunda-feira (10) a greve dos funcionários da Qintess, com alta adesão apesar das tentativas da empresa de impedir a greve judicialmente e ameaçar aqueles que aderissem à paralisação.
A Qintess presta serviços de tecnologia para diversos órgãos públicos e grandes empresas, sendo Caixa, Natura e Tribunal Regional do Trabalho os clientes em que a adesão dos funcionários terceirizados foi mais alta.
Além de pararem as atividades na manhã desta segunda, os trabalhadores em greve fizeram uma manifestação em frente ao TRT de São Paulo, com a presença de centenas de pessoas e do presidente do Sindpd (sindicato que representa os trabalhadores de Tecnologia da Informação), Antonio Neto.
“Parabéns a todos os trabalhadores de TI. Essa greve é o começo da virada e do movimento de respeito e dignidade da nossa profissão!”, disse Antonio Neto, que também é presidente da CSB.
O sindicato fechou um acordo com o TRT para que fossem mantidos ao menos 50% dos funcionários na ativa para não prejudicar a população que necessita do atendimento no tribunal.
Ainda nesta segunda, será realizada uma audiência no TRT sobre o dissídio da greve e mais uma assembleia com os funcionários da Qintess a partir das 18h.
A greve na Qintess
A decisão de entrar em greve foi tomada pelos funcionários da Qintess em assembleia após inúmeras denúncias de descumprimento da Convenção Coletiva de Trabalho.
Dentre as principais ocorrências estão os constantes atrasos no pagamento de salários, férias, vale-refeição, vale-alimentação, vale-transporte, reembolso por quilometro rodado, banco de horas e nos depósitos do FGTS.
Também foram recebidas denúncias de assédio moral contra os empregados que cobravam posicionamentos da empresa referente aos atrasos.
Inúmeros trabalhadores demitidos ou que pediram demissão no último período também acionaram o Sindicato para cobrar o pagamento de verbas rescisórias em atraso pela empresa.
A Qintess possui contratos com empresas como Citibank, BMG, Liberty, Goldman Sachs, Raizen, IBM, Banco Santander, Banco Pan, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Natura, que anunciou a rescisão do contrato, além de órgãos públicos como Procuradoria Geral do Estado de São Paulo, Ministério da Justiça e o Tribunal de Justiça da Bahia, entre outros.