Governo cria grupo de trabalho para regulamentar Convenção 151 da OIT

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta segunda-feira (28) o decreto que cria o grupo de trabalho da Convenção 151 da OIT (Organização Internacional do Trabalho). Representantes do governo e dos servidores públicos discutirão um projeto de lei para a regulamentar da convenção, da qual o Brasil é signatário.

A Convenção 151 dispõe sobre direito de sindicalização e relações de trabalho na administração pública e sua regulamentação é uma luta de décadas da categoria. Um projeto que o regulamentava chegou a ser aprovado pelo Congresso, mas foi vetado integralmente pelo então presidente Michel Temer.

“Ainda na transição, definimos algumas prioridades para o novo governo na relação com os servidores. O primeiro objetivo era a reabertura da Mesa de Negociação, que cumprimos ainda em fevereiro. O segundo ponto era exatamente a regulamentação da convenção 151”, disse a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck.

Segundo a ministra, a regulamentação é importante para que o Brasil tenha regras claras nas relações de trabalho na administração pública, dando mais segurança jurídica aos servidores na hora negociar com futuros governos e também nas esferas estadual e municipal.

Saiba tudo sobre a Convenção 151 da OIT aqui.

A minuta do decreto foi apresentada na semana passada aos representantes sindicais, em reunião da qual participaram Flávio Werneck, vice-presidente da CSB e diretor da Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais), Sérgio Arnoud, presidente regional da CSB-RS e da Fessergs (Federação Sindical dos Servidores Públicos no Estado do Rio Grande do Sul), e Aires Ribeiro, vice-presidente da CSB e presidente da CSPM (Confederação dos Servidores Públicos Municipais).

O grupo de trabalho será composto por 12 representantes das seis centrais sindicais (CSB, CTB, CUT, Força Sindical, UGT e NCST) e 12 do governo federal, que serão indicados pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Advocacia-Geral da União, Casa Civil, Ministério do Trabalho e Emprego, Secretaria de Relações Institucionais e Secretaria-Geral da Presidência da República.

Especialistas e representantes de outros órgãos e entidades, públicos e privados, nacionais e internacionais, poderão participar de reuniões, sem direito a voto, a convite da coordenação do Grupo de Trabalho Interministerial.

O grupo tem prazo de vigência de 120 dias, contado da data de sua instalação, prorrogável uma vez por igual período, por ato da ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos.

A participação no Grupo de Trabalho Interministerial será considerada prestação de serviço público relevante, não remunerada.

Acesse aqui o Decreto nº 11.669 na íntegra.

Foto 1: Ricardo Stuckert/PR

Compartilhe:

Leia mais
Sinplalto filiação CSB
Sindicato dos Servidores Municipais da Microrregião de Araxá anuncia filiação à CSB: "nova fase"
vagas emprego sine carteira de trabalho digital
Vagas de emprego do Sine estão disponíveis na Carteira de Trabalho Digital
emprego e beneficios sociais reduzem pobreza no brasil
Luiz Marinho destaca conquistas lideradas pelo Ministério do Trabalho em 2024
Sindpd aciona empresas que usam desoneração sem enquadramento sindical
Sindpd-SP inicia processos contra empresas que utilizam desoneração sem enquadramento correto
intercambio sindical em Washington
Sindicalistas do Brasil e dos EUA trocam experiências em programa de intercâmbio em Washington
INSS pagamento automatico auxilio doença
INSS suspende bloqueio de pagamento do benefício por falta de comprovação de vida
fake news não há nova contribuição sindical
Ao contrário do que diz a imprensa, não há nova contribuição sindical em discussão no país
reunião dieese servidores públicos
Servidor público, participe de reunião estratégica na defesa de seus direitos; acesse o link
Fessergs toma posse no conselho do IPE Saude
Presidente e vice-presidente da Fessergs tomam posse como conselheiros do IPE Saúde
TST novas regras recursos
Admissibilidade de recursos no TST tem novas regras a partir de fevereiro; saiba o que muda