As taxas mais baixas foram registradas na Áustria, Luxemburgo, Alemanha e Holanda
O percentual de desempregados na zona do euro chegou a 11,8% em novembro, alta de 0,1 ponto percentual em relação a outubro.
O número, revelado pelo Escritório Europeu de Estatísticas (Eurostat) nesta terça-feira, é um novo recorde na série histórica, iniciada em 1999.
A taxa de pessoas sem trabalho nos 17 países da moeda única aumenta por causa da crise financeira causada pelo aumento da dívida pública na maioria dos Estados-membros. Os países mais afetados são os do sul da Europa, que também apresentam os maiores percentuais de desempregados.
O país em que o percentual é mais alto é a Espanha, onde 26,6% da população economicamente ativa não têm trabalho, seguido pela Grécia, com 26% de desempregados, conforme os últimos dados revelados por Atenas, que são de setembro.
Na Grécia, a taxa de desemprego passou de 18,9% a 26% entre setembro de 2011 e setembro de 2012. Também subiu consideravelmente no Chipre, onde passou de 9,5% a 14% entre novembro de 2011 e novembro de 2012. Durante o mesmo período, passou de 23% a 26,6% na Espanha.
As taxas mais baixas foram registradas na Áustria (4,5%), Luxemburgo (5,1%), Alemanha (5,4%) e Holanda (5,6%), países que não foram intensamente afetados pela crise financeira.
Em números absolutos, 18,82 milhões de pessoas estavam sem emprego na zona do euro em novembro, 113 mil a mais que em outubro passado e 2,01 milhões a mais que em novembro de 2011. Destas, mais de 30% estão na Espanha.
UNIÃO EUROPEIA
Na contagem que inclui os 27 países da União Europeia, a taxa se manteve estável em 10,7% em novembro em relação a outubro. No total, 26,061 milhões de pessoas estavam desempregadas, ou seja, 154 mil a mais que em outubro e 2,012 milhões a mais que um ano antes.
Comparativamente, nos Estados Unidos a taxa de desemprego era de 7,8% em dezembro. No Japão chegava a 4,1% em novembro.
A Eurostat também divulgou o desempenho das compras no varejo em novembro, que subiram 0,1% após três meses de queda.
Embora o sentimento empresarial tenha sido impulsionado por uma série de medidas para impedir a ruptura da zona do euro, a alta do desemprego e os fracos gastos do consumidor destacam que a recuperação econômica da zona do euro será difícil.
Fonte: Folha de São Paulo