Desemprego em 2013 foi de 7,1%, aponta nova pesquisa do IBGE

Segundo o novo levantamento, o total de pessoas empregadas no quarto trimestre atingiu 91,9 milhões

Em um ano de fraco crescimento do PIB, a taxa de desemprego no Brasil fechou o ano em 7,1%, segundo a nova pesquisa do IBGE. Em 2012, a taxa havia sido de 7,4%.

Os dados são da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílio Contínua), a primeira pesquisa com informações nacionais sobre mercado de trabalho do IBGE, com divulgação a cada trimestre.

Conforme o esperado por analistas, o desemprego na nova pesquisa do IBGE ficou num patamar superior à registrada pela PME (Pesquisa Mensal de Emprego), que havia medido uma taxa de 5,4% em 2013.

Pela nova pesquisa, o desemprego fechou o quarto trimestre de 2013 em 6,2%, abaixo do terceiro trimestre do mesmo ano 2012 (6,9%). No quarto trimestre de 2012, a taxa havia sido de 6,9%, também pela Pnad.

A diferença decorre da expansão da nova pesquisa, que mensura o desemprego em nível nacional. A PME é restrita às seis maiores regiões metropolitanas do país. Já a Pnad contínua vai a 3.500 municípios. Além disso, há diferenças de conceito sobre o que é desemprego e ocupação nas duas pesquisas.

Segundo o novo levantamento, o total de pessoas empregadas no quarto trimestre atingiu 91,9 milhões, montante acima do registrado nos três meses anteriores (91,2 milhões).

Já a quantidade de pessoas desocupadas atingiu 6,1 milhões de outubro a dezembro, o que representou uma alta em relação aos 6,8 milhões apurados no terceiro trimestre de 2013.

REGIÕES

A pesquisa mostra ainda uma disparidade entre as regiões do país no que tange ao desemprego. No último trimestre de 2013, o Nordeste apresentou a mais elevada taxa de desocupação, de 7,9%, embora o patamar tenha sido menor do que nos três meses anteriores (9%).

A mais baixa foi registrada na região Sul, com 3,8% nos três últimos meses de 2013.

No Norte, o percentual foi de 6,5%, o segundo mais elevado. Em seguida, apareceu o Sudeste, com 6,2%.

No Centro-Oeste, a taxa de 4,9% só não foi menor do que a do Sul. Segundo o IBGE, houve declínio do desemprego em todas as regiões pesquisadas, com reduções mais expressivas no Nordeste e Centro-Oeste.

Mais ricos, Sul e Sudeste viram a taxa de desemprego cair menos –apenas 0,3 ponto percentual em relação ao terceiro trimestre do ano passado.

A Pnad aponta ainda um aumento da formalização. No quarto trimestre de 2013, 77,1% dos empregados do setor privado tinham carteira assinada, um avanço de 1 ponto percentual em relação ao mesmo período de 2012.

NOVA PNAD

Embora seja mais ampla, a nova pesquisa do IBGE será feita trimestralmente. A PME é divulgada todo mês.

O instituto também não conseguiu incorporar ainda os dados de rendimento do trabalho e a ocupação por setores de atividade. A previsão é que isso aconteça até o final deste ano. As pesquisas não são comparáveis por conta da mudança metodológica e de abrangência. Ou seja, em tese, perde-se a série histórica.

A PME continuará sendo pesquisada ainda ao longo de todo este ano, inclusive no que tange ao rendimento mensal –indicador que não é levantado ainda na Pnad Contínua. Não se sabe ainda se a Pnad nos moldes atuais será levada a campo, como sempre ocorre, no mês de setembro.

O objetivo de unificar as duas pesquisas e realizá-las com uma amostra única foi otimizar recursos, segundo o IBGE. Antes, cada pesquisa tinha seu grupo de trabalho e uma amostra diferenciada de domicílios.

Além dos dados de mercado de trabalho, serão divulgadas informações de cunho social, tradicionais das Pnads, como migração, educação, trabalho infantil e outros -esses devem ser publicados uma vez ao ano.

Fonte: Folha de São Paulo

Compartilhe:

Leia mais
projeto isenção imposto de renda 5 mil
Projeto de isenção de Imposto de Renda até 5 mil será apresentado nos próximos dias
jorge kajuru inegibilidade trabalho escravo
Projeto de lei propõe inegibilidade de quem estiver na Lista Suja do Trabalho Escravo
Declaração Imposto de Renda 2025
Declaração do Imposto de Renda 2025 passará por mudanças, anuncia Receita Federal; saiba
Antonio Neto e Lula lançamento crédito do trabalhador
CSB acompanha lançamento do "Crédito do Trabalhador", nova modalidade de consignado
reunião centrais marinho e macedo 12-03-25
Centrais sindicais se reúnem com ministros Luiz Marinho e Márcio Macêdo em Brasília
juros consignado clt
Trabalhadores CLT pagam mais juros no consignado que servidores e aposentados
crise saúde mental mulheres afastamentos
Afastamentos relacionados à saúde mental crescem 68% em um ano; mulheres são maioria
semana 4 dias de trabalho aumento produtividade
Produtividade aumenta em empresas que adotaram semana de 4 dias de trabalho no Brasil
IRPF 2025
Imposto de Renda 2025: confira tabela, prazos e quem precisa fazer a declaração
regulamentação trabalho aplicativos união europeia
União Europeia: o trabalho em plataformas digitais exige regulação, por Clemente Ganz