Campanha tenta desmoralizar agentes que querem diminuir extorsão
Os “noticiários” deste princípio do ano iniciaram uma verdadeira cruzada devido a uma suposta crise energética. Ameaças de apagão, “denúncias” contra a falta de planejamento, atrasos nas obras, enfim um bombardeio infinito com o objetivo claro de desmoralizar o governo e o Ministério de Minas e Energia.
Tudo muito estranho. Não para quem percebe que toda esta campanha visa sabotar a decisão do governo de reduzir o lucro fácil das empresas energéticas privatizadas, que se esbaldaram nestes anos todos com tarifas extorsivas e crescentes.
Bastou o governo tomar a decisão de diminuir a farra para que o contra-ataque tivesse início. Primeiro foram as empresas estrangeiras reclamarem de quebra de contrato. Depois veio a mídia respaldando os comentários de “especialistas” para atacar o plano. Em seguida, levantaram-se os governadores tucanos para retirar do programa as empresas de geração de Minas, São Paulo e Paraná, estatais estas que só não foram privatizadas devido ao levante popular.
É claro que não seria prudente a elite criticar que o governo está cortando impostos para reduzir a conta de luz da indústria e do povo, afinal eles vivem reclamando da alta carga tributária. Nem poderiam reclamar abertamente da ação do governo em tentar reduzir o famoso “custo Brasil”.
Restou apenas esta manobra, ou seja, lançar uma campanha para tentar desmoralizar os agentes que ousaram colocar o dedo na ferida, tentando diminuir a extorsão tarifária no setor elétrico.