O presidente da CSB, Antonio Neto, e o secretário-geral da central, Álvaro Egea, participaram nesta quarta-feira (10) de uma reunião do Conselho Nacional do Trabalho (CNT) em Brasília. O encontro foi conduzido pelo ministro do Trabalho, Luiz Marinho, e contou com a presença de representantes de todas as centrais sindicais.
Marinho destacou a importância de poder público e lideranças sindicais terem uma abordagem coordenada diante dos desafios que surgem diariamente no mercado de trabalho com o avanço da tecnologia cada vez mais acelerado. Para ele, é importante haver sinergia entre governo, trabalhadores e empregadores para discutir essas transformações.
“São novas formas de trabalho, a chegada dos aplicativos, a inteligência artificial, e as várias temáticas correlatas ao nosso mundo, que vem chegando numa velocidade que a gente não consegue acompanhar, que dirá antecipar”, afirmou.
O ministro sugeriu a realização de uma conferência nacional em 2025 para discutir os desafios do mundo do trabalho e emprego de forma mais ampla, reunindo visões de representantes de diversos setores e regiões do país.
Dentre os aspectos que o ministro afirmou que é preciso investigar melhor, ele destacou a alta rotatividade no mercado de trabalho formal. Ele apontou que, no ano passado, 22 milhões de trabalhadores trocaram de emprego e questionou se o número é resultado de sazonalidade ou de outros fatores.
“Essa rotatividade gera a perda de experiência e conhecimento. Precisamos entender melhor esse fenômeno”, avaliou.
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A reunião tratou também das medidas emergenciais que foram tomadas para proteger os trabalhadores no Rio Grande do Sul e ações para preservar os empregos na região e o papel dos sindicatos tanto na garantia dos direitos dos trabalhadores, quando na mediação de conflitos que surgiram a partir da crise.
O colegiado se debruçou ainda sobre um relatório feito por uma comissão de peritos da Organização Internacional do Trabalho (OIT) sobre o Brasil de 2020.
Sobre o CNT
O Conselho Nacional do Trabalho é um colegiado tripartite, consultivo, abrigado na estrutura do Ministério do Trabalho e Emprego. O grupo foi recriado no ano passado no início da gestão do presidente Lula, após ter sido extinto em 2019.
Dentre seus objetivos estão: negociar e propor políticas e ações para modernizar as relações de trabalho; estimular a negociação coletiva e diálogo social na solução de conflitos trabalhistas; promover o entendimento entre trabalhadores e empregadores; buscar soluções em temas estratégicos relativos às relações de trabalho; propor diretrizes para a elaboração dos planos, dos programas e das normas sobre políticas públicas em matéria trabalhista de competência do Ministério do Trabalho e Emprego e propor estudos e analisar normas complementares que tratem das condições e das relações de trabalho, dentre outros assuntos que lhe sejam submetidos, no âmbito de sua competência.