CSB-BA participa de caminhada do Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo em Salvador

A seccional da Central dos Sindicatos Brasileiros na Bahia (CSB-BA) participou de uma caminhada de conscientização do Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo na última terça-feira (28), promovida pela Coetrae (Comissão Estadual para Erradicação do Trabalho Escravo da Bahia). O ato teve início no Corredor da Vitória e seguiu até o Largo do Campo Grande, em Salvador.

No estado, entre 2021 e 2023, foram registrados 60 casos de trabalho escravo, com 270 pessoas resgatadas. Já nos últimos dois anos, a Coetrae contabilizou 529 trabalhadores resgatados nessa situação.

A CSB-BA foi representada por seu presidente, Mário Conceição, que ressaltou que os números deixam claro a necessidade de engajar a sociedade no combate ao trabalho escravo.

Ler também: Sinab e CSB marcam presença na 36ª Romaria Nacional dos Aposentados em Aparecida (SP)

Dirigentes do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens do Estado da Bahia e do Sindicato dos Barraqueiros Ambulantes de Salvador também marcaram presença no evento e acompanharam o presidente Mário Conceição na caminhada.

No centro, o presidente da CSB-BA, Mário Conceição

O secretário de Justiça e Direitos Humanos da Bahia (SJDH), Felipe Freitas, afirma que enfrentamento ao trabalho escravo envolve uma série de estratégias que reforçam a necessidade de promover políticas públicas em favor dos direitos humanos.

Diante da proximidade do Carnaval, que tem Salvador como um de seus principais polos no país, Freitas destacou a importância de uma grande mobilização na agenda dos direitos humanos e do trabalho decente também em grandes eventos.

“O governo do Estado e as organizações que integram a Coetrae estão nas ruas para fiscalizar, acompanhar, orientar, apoiar as trabalhadoras e os trabalhadores no sentido de reivindicarem os seus direitos e de não serem vítimas de trabalho escravo durante as festas populares, e também para que esses sejam espaços onde é possível discutir e construir uma agenda de trabalho decente. É fundamental fazer esse movimento para auxiliar catadoras e catadores, trabalhadores ambulantes, cordeiros e cordeiras que atuam na festa, que são os três segmentos mais explorados durante as festas populares, para que tenham seus direitos, sua cidadania e a dignidade humana garantidos”, disse.

A Coetrae é composta por 38 instituições – dentre elas a CSB – e é coordenada pela SJDH. Dentre os membros da Comissão estão representantes de outras secretarias do governo do estado, entidades sindicais, do Ministério do Trabalho, Polícia Federal, Ministério Público do Trabalho, Ministério Público Federal, Tribunal Regional do Trabalho, Defensoria Pública da União, Dieese, dentre outros.


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