O Sindicato dos Pescadores e Pescadoras do Amazonas (Sindipesca-AM) se prepara para apresentar ao governo federal uma série de reivindicações da categoria. Na última semana, o presidente do Sindpesca, Ronildo Palmere, teve um encontro com o defensor público Carlos Almeida para que ele represente os pescadores em reunião com o Ministério da Pesca que acontecerá de 10 a 12 de feveiro.
Participaram também da conversa o secretário do sindicato, Pedro Prado, e o presidente da Associação de Pescadores e Pescadoras de Careiro Castanho, Sidenilson Uchôa. Os representantes dos pescadores apresentaram ao defensor quatro pontos principais que devem receber atenção do governo:
1. Ajustes no sistema PesqBrasil.
2. Pagamento automático do seguro-defeso aos pescadores.
3. Maior acesso a crédito aos pescadores artesanais.
4. Repúdio à fala de Gilberto Kassab sobre a pesca não ter relevância no Brasil.
“Nos últimos tempos, temos enfrentado sucessivas perdas de direitos que comprometem a nossa subsistência e a nossa cultura. Um dos principais problemas é a ausência do pagamento do seguro-defeso em tempo hábil. Este benefício é vital para nós, pois garante que possamos sustentar as nossas famílias enquanto respeitamos o ciclo natural dos peixes. Sem esse apoio financeiro, muitos de nós enfrentamos dificuldades extremas. Como podemos sobreviver quando somos obrigados a parar de pescar, mas não temos recursos para nos manter?”, diz Ronildo.
De acordo com ele, é preciso que o governo assuma um compromisso claro em relação ao pagamento ágil do seguro-defeso e de outras formas de apoio durante a piracema – período em que a pesca é proibida devido à época de reprodução dos peixes.
“A proteção das espécies não pode ser feita à custa da vida dos pescadores artesanais. Estamos aqui, prontos para dialogar e encontrar soluções que beneficiem tanto a natureza quanto as comunidades que dela dependem. O futuro da pesca artesanal no Amazonas depende de decisões justas e eficazes”, acrescenta.
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