Central dos Sindicatos Brasileiros

CSB critica a taxa de juros do Banco Central

CSB critica a taxa de juros do Banco Central

Para a Central dos Sindicatos Brasileiros, reduzir a Selic é fundamental para a retomada do crescimento econômico e frear o sistema da dívida pública

São Paulo, 25 de novembro – A Central dos Sindicatos Brasileiros condena a taxa básica de juros em 14,25%, estabelecida pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central. Este índice deixa claro que a atitude da equipe econômica em não baixar os juros impede que o Brasil retome seu crescimento e, ao mesmo tempo, aumenta e consolida o maior entrave ao desenvolvimento do País hoje: o sistema da dívida pública.

Manter os juros nas alturas alimenta a ganância do sistema financeiro – único beneficiário desta medida – e sustenta o sistema da dívida, verdadeiro rolo compressor que inviabiliza o orçamento, o setor produtivo e a geração de empregos.

É inadmissível que o governo brasileiro comprometa 47% do seu orçamento, o que corresponde a mais de R$ 1,3 trilhão, com o pagamento dos juros da dívida em detrimento dos investimentos em setores como saúde, educação e transporte.

Os R$ 2,64 trilhões da dívida pública brasileira, alcançados em outubro, representam o maior gargalo do progresso nacional. O Brasil precisa de um equilíbrio entre as forças que movimentam a economia, impondo limites ao capital predatório.

Historicamente, o período em que o Brasil mais cresceu foi quando conseguiu harmonizar a presença do Estado na economia, promovendo o desenvolvimento da indústria nacional e a atração de capital produtivo internacional, além de manter o equilíbrio entre os setores. É imprescindível acabar com a supremacia do sistema financeiro sobre os demais, mazela que permite que os bancos continuem lucrando alto enquanto os trabalhadores brasileiros veem o poder de comprar de seu salário cair consideravelmente.

A CSB defende a retomada do crescimento econômico e a recuperação da capacidade do Estado de promover os investimentos em infraestrutura, para potencializar a geração de empregos e o desenvolvimento nacional. E, para isso, reduzir os juros é condição irrefutável.

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