Centrais sindicais prestam solidariedade ao presidente do IBGE, Marcio Pochmann

As Centrais Sindicais abaixo vêm a público manifestar seu apoio e solidariedade ao presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Marcio Pochmann, diante dos recentes ataques especulativos, alimentados por uma crise fabricada que nada tem a ver com a credibilidade e a autoridade estatística do IBGE, patrimônio nacional e do povo brasileiro.

Ao longo de sua trajetória, Marcio Pochmann tem demonstrado caráter, coerência e compromisso com o desenvolvimento do Brasil. Sua dedicação ao serviço público e à construção de um país mais justo e soberano é reconhecida por todos aqueles que valorizam a ciência, a transparência e a democracia. As Centrais Sindicais reafirmam sua confiança em sua liderança e repudia veementemente as tentativas de desestabilização de sua gestão, que sofrem ataques desde o momento de sua nomeação.

Somos favoráveis ao diálogo e à construção de soluções que envolvam os servidores, o sindicato e a direção do IBGE, inclusive nos colocando à disposição para contribuir na mediação. No entanto, jamais compactuaremos com a instrumentalização das legítimas lutas dos trabalhadores e servidores para promover ataques a uma das principais lideranças intelectuais do nosso país. Acreditamos que o fortalecimento do IBGE e a modernização de suas estruturas são essenciais para garantir sua autonomia e capacidade de responder aos desafios do século XXI.

Discordamos que o projeto IBGE+ abra caminho para uma suposta privatização. Se essa fosse a intenção, os setores que tentam descredibilizar Márcio Pochmann certamente não estariam aliados a essa narrativa. Pelo contrário, entendemos que a atual gestão busca fortalecer o IBGE, criando fontes independentes de sustentação financeira e modernizando suas operações, para que o instituto continue a ser um orgulho nacional e não seja desmontado por governos alheios aos interesses do povo brasileiro. Somente um IBGE forte e moderno será capaz de resistir às investidas do neoliberalismo e garantir a soberania de nossas estatísticas. 

Acreditamos que a melhor saída para os desafios atuais passa pelo fortalecimento do IBGE e pelo respeito à sua missão de produzir informações confiáveis e de qualidade para a sociedade brasileira. Não são iniciativas como o IBGE+, por mais que aprimoramentos sejam sempre bem-vindos, que representam ameaças ao serviço público. O verdadeiro risco é a atrofia do Estado, que abre caminho para o avanço do neoliberalismo e o desmonte de nossas instituições.

Adilson Araújo, presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)

Antonio Neto, presidente da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros)

Miguel Torres, presidente da Força Sindical

Ricardo Patah, presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores)

Foto: Jose Cruz/ Agência Brasil


LEIA MAIS

Compartilhe:

Leia mais
previa pib 2024 ibc-br
Prévia do PIB indica crescimento de 3,8% em 2024; mercado projetava 1,55% há um ano
desenrola rural renegociação dívidas agricultores familiares
Desenrola Rural: governo anuncia renegociação de dívidas para agricultores familiares
carf plr
Carf mantém contribuição previdenciária sobre PLR que ignorava negociação coletiva
milei-criptomoeda-fraude
Javier Milei promove criptomoeda, dinheiro “some”, e investidores acusam fraude
salário mínimo 2025 deveria ser 7 mil estudo dieese
Novo consignado para CLT permitirá troca de empréstimos antigos para barateá-los
Luiza Trajano critica juros BC Galípolo na Fiesp
Em evento com Galípolo, Luiza Trajano critica política de juros do Banco Central
Sem nome (835 x 450 px)
Entre os direitos de Vargas e a "liberdade" de Musk: onde estaremos daqui cinco anos?
crimes virtuais lucro brasil
Crimes virtuais já são principal fonte de lucro de quadrilhas e rendem R$ 186 bilhões no Brasil
trabalhadores resgatados paraíba
Fiscalização resgata 59 trabalhadores na construção de prédios de luxo na Paraíba
Recorde de ações justiça do trabalho 2024
Ações na Justiça do Trabalho superam 2 milhões em 2024, maior número desde 2017