Vale-cultura deve injetar R$ 700 milhões por ano no mercado

O benefício pode ser concedido voluntariamente pelas empresas a funcionários contratados sob regime CLT que recebam até cinco salários mínimos

Nos próximos anos, o ciclo cultural no Brasil será potencializado em cerca de R$ 700 milhões por ano com a regulamentação do cartão pré-pago para consumo de produtos e atividades culturais – o chamado “vale-cultura”. A estimativa é do GSPP-Grupo Setorial de Pré-Pagos, que reúne as empresas não financeiras que atuam nesse segmento. Nesta sexta-feira, dia 9, o MinC (Ministério da Cultura) divulgou uma portaria com o primeiro conjunto de regras sobre o uso do vale-cultura.

“Está nascendo uma nova e promissora categoria de pré-pagos no Brasil, que deve se perfilar ao lado de outros grandes mercados, como o dos tíquetes para pagamento de refeições, o vale transporte e o serviço pré-pago de telefonia celular”, afirma Antônio Jorge Castro Bueno, presidente do GSPP. “E assim como nestas outras categorias, o pré-pago deve favorecer o florescimento de uma cadeia de valor com potencial para gerar milhões de empregos no Brasil”, completa.

O vale-cultura é um benefício que pode ser concedido voluntariamente pelas empresas a funcionários contratados sob regime CLT que recebam até cinco salários mínimos. O objetivo é facilitar o acesso desses trabalhadores a produtos e serviços culturais como livros, DVDs, revistas, instrumentos musicais e ingressos para museus, teatros e cinemas, entre outros.

Para o presidente do GSPP, o principal benefício do vale é estimular a demanda por cultura. “Até hoje, todos os mecanismos de estímulo à cultura beneficiavam sua produção. Focar na demanda, ou seja, facilitar o acesso do trabalhador de renda mais baixa só é possível graças ao formato do pré-pago, que é ideal para atender nichos e segmentos específicos, como este”, comenta.

Os pré-pagos já são usados no Brasil desde a década de 70, quando surgiram os vouchers para pagamento de refeições. Em 2010, os pré-pagos responderam por 4% do consumo privado. Eles devem alcançar 10% em 2020, segundo o GSPP. O avanço se dará por conta da segurança que o modelo oferece para quem paga e para quem recebe um pré-pago, bem como pelo fato de que esse arranjo de pagamento permite elevar a gama de serviços para a população não ou mal bancarizada. Segundo dados da FGV, 40% da população brasileira ainda não tem conta bancária, transacionando R$ 665 bilhões por ano, de acordo com pesquisa do DataPopular.

Fonte: Economia SC

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