Trabalhadores de informática do Rio de Janeiro passam a ter jornada de 40 horas semanais

Conquista histórica do Sindierj entrou em vigor no dia 1º de junho; sindicato também firmou a Convenção Coletiva de Trabalho

O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Informática, Cursos de Informática, Treinamentos de Informática, Lan House, Cyber Café, Manutenção e Reparação de Máquinas de Escritórios do Estado do Rio de Janeiro (Sindierj) fechou um acordo com o Sindicato das Empresas de Informática (SEPRORJ ) para que haja a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais, sem redução dos salários. O documento estabelece que, a partir do dia 1º de junho, todas as empresas de informática – privadas – devem aplicar a redução da carga horária.

Foram sete meses de negociação, e os trabalhadores receberão valor retroativo referente a esse período. “A luta pelas 40 horas semanais entre o Sindierj e o sindicato patronal foi extremamente complicada, mas nossa mobilização e a participação ativa de toda categoria foram determinantes para o sucesso da negociação”, disse Claudemis Lopes Cunha, presidente do sindicato.

10325396_10203125885622040_1120304627709837777_nPara o dirigente, a redução da jornada de trabalho é a principal vitória da categoria, pois estimula a abertura de mais vagas e aumenta a qualidade de vida do trabalhador. “Essa não é uma mudança apenas burocrática, é uma transformação na vida do profissional, que poderá passar mais tempo com a sua família e também se dedicar mais a cursos de qualificação”, avalia.

A mudança de carga horária atinge um dos setores mais importantes da economia brasileira e melhora diretamente a qualidade de vida dos trabalhadores de informática, que muitas vezes cumprem turnos de trabalho excessivos e desenvolvem doenças causadas pela atividade exercida no emprego, como a Lesão por Esforço Repetitivo (LER).

A conquista da redução da jornada para 40 horas foi inserida na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria, que o Sindierj protocolou em 28 de maio. Depois de  meses de negociações, ficou definido um reajuste de 7,3%. O vale-refeição ficou em R$ 18,50, o valor destinado ao convênio médico será de R$ 167,48. Os trabalhadores passarão a receber auxílio-creche de R$ 150. A hora extra será de 50% em dias normais e de 100% em domingos e feriados, sejam eles estaduais ou municipais. Também ficou acordada a  licença-maternidade de 120 dias e, para amamentar o próprio filho até que complete seis meses de idade, a mulher terá direito – durante a jornada de trabalho – a dois intervalos de meia hora, ou será facultado à empregada sair uma hora antes ou entrar uma hora depois. “Essa é nossa primeira CCT, e isso é marco para a nossa base de trabalhadores, pois a partir de agora eles possuem um regimento próprio. E nós estaremos fiscalizando o cumprimento destas normas. Há uma semana com a vigência da Convenção, já recebemos mais de 3 mil denúncias de descumprimento dos direitos trabalhistas”, disse Cunha. A liberação dos dirigentes sindicais foi outro ponto acordado pela CCT.

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