Tempo de contribuição para aposentadoria integral cai, mas tem ‘pegadinha’

O deputado Arthur Maia (PPS-BA), relator da reforma da Previdência, sugeriu mudanças na proposta original enviada pelo governo. Uma delas baixou para 40 anos o tempo de contribuição ao INSS para poder receber a aposentadoria integal. Antes, o governo havia sugerido 49 anos, ponto que recebeu muitas críticas.

Nesse aspecto, a nova proposta sinaliza um certo alívio para os trabalhadores. Porém, por outro lado, ela reduz o valor da aposentadoria para quem contribuir durante 25 a 33 anos.

Proposta original do governo:

– quem cumprisse os requisitos mínimos para se aposentar (65 anos de idade e 25 anos de contribuição) receberia 76% do valor da aposentadoria a que tem direito;

– esse percentual subiria gradativamente: a cada ano a mais de contribuição, o trabalhador teria direito a 1 ponto percentual a mais;

– como a diferença de 76% para 100% é de 24 pontos percentuais, seriam necessários mais 24 anos de contribuição. Somando os 25 obrigatórios aos 24 adicionais, seriam 49 anos de contribuição para ter direito a 100% da aposentadoria.

Proposta do relator da reforma:

– quem cumprir os requisitos mínimos para se aposentar (65 anos de idade e 25 anos de contribuição) receberá 70% do valor da aposentadoria a que tem direito;

– esse percentual subirá gradativamente, da seguinte forma:

-De 25 a 30 anos de contribuição: 1,5 ponto percentual a mais para cada ano;

-De 30 a 35 anos de contribuição: 2 pontos percentuais a mais para cada ano;

-De 35 a 40 anos: 2,5 pontos percentuais a mais para cada ano, até chegar a 100%.

Seguindo essa nova fórmula, o trabalhador só vai conseguir ganhar mais do que o previsto no texto original do governo se contribuir durante mais que 33 anos. Antes disso, o cálculo anterior era mais vantajoso.

Veja na tabela abaixo.

OBS: Essas contas só valem para quem tem direito a receber mais do que o salário mínimo. Quem tem direito ao mínimo vai receber o valor integral, porque nenhum aposentado pode ganhar menos do que isso.

Exemplo: aposentadoria de R$ 2.000

Um trabalhador que tem média salarial de R$ 2.000.

Seguindo o cálculo proposto pelo governo, ele receberia:

-Contribuiu por 25 anos: R$ 1.520

-Contribuiu por 30 anos: R$ 1.620

-Contribuiu por 33 anos: R$ 1.680

-Contribuiu por 34 anos: R$ 1.700

-Contribuiu por 40 anos: R$ 1.820

-Contribuiu por 49 anos: R$ 2.000

Seguindo o novo cálculo, ele receberia:

-Contribuiu por 25 anos: R$ 1.400

-Contribuiu por 30 anos: R$ 1.550

-Contribuiu por 33 anos: R$ 1.670

-Contribuiu por 34 anos: R$ 1.710

-Contribuiu por 40 anos: R$ 2.000

Fonte: UOL

Compartilhe:

Leia mais
reunião tst centrais sindicais
Centrais têm reunião com presidente do TST sobre contribuição assistencial e emprego no RS
APOIO À NOTA TÉCNICA Nº 09 DA CONALIS
Centrais sindicais dão apoio à Nota Técnica da Conalis (MPT) sobre contribuição assistencial
acordo rodoviários porto alegre trt
Rodoviários de Porto Alegre terão reajuste no salário e no vale-alimentação
Apoio Financeiro RS prorrogado
Governo amplia prazo para empresas do RS aderirem a Apoio Financeiro a funcionários
prodesp descumpre cota jovem aprendiz
Tarcísio promete 60 mil vagas de Jovem Aprendiz, mas Prodesp descumpre cota
Fachada ministério do trabalho
Ministério do Trabalho notifica 1,3 mil sindicatos para atualizar informações; acesse a lista
falecimentot josé alberto rossi cnpl
Nota de pesar: CSB lamenta falecimento de José Alberto Rossi, ex-presidente da CNPL
3a plenaria conselhao
Centrais defendem esforço maior contra a desigualdade em plenária do Conselhão
Desemprego no Brasil cai em 2024
Desemprego no Brasil cai de 8,3% para 7,1% em um ano; massa salarial cresceu 5,6%
Encontro sindicatos BR-CHINA SP 2
CSB recebe sindicalistas chineses para apresentar atuação sindical no Brasil