Evento foi marcado para esta segunda pela possibilidade de votação na Câmara
Representantes das Centrais Sindicais, incluindo a dos Sindicatos Brasileiros (CSB/MT) a qual o Sintap é filiado, estiveram, na manhã desta segunda-feira (19.02), reunidos em ato público em frente à sede do INSS, na capital de Mato Grosso, Cuiabá. O que faltou em número sobrou em representatividade já que também estavam os líderes do Fórum Sindical e do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa) – representado pelo diretor de Formação Profissional, Guilherme Coda -, apresentando aos cidadãos que passavam pelo local esclarecimentos acerca do perigo que é para o trabalhador a proposta da Reforma do jeito que está.
A presidente do Sintap que também é diretora de Mobilização da CSB/MT, Rosimeire Ritter, disse, em sua fala que é muito importante que todos se atentem às mobilizações e se façam presentes porque a proposta não pode ser aprovada da forma em que está. “Sou a favor da Reforma da Previdência de juízes, militares e de políticos que são quem verdadeiramente quebra o sistema. Por que então esses grupos ficaram de fora?”, questionou.
Para ela, essa proposta é um verdadeiro aviltamento dos direitos dos trabalhadores tanto do setor público quanto do privado. Como exemplo disso usou seu caso: “Tenho contribuído desde os meus 19 anos sem ficar desempregada tendo, portanto, 29 anos de contribuição e agora quando estou perto de aposentar as regras mudam aos ’45 segundos do segundo tempo’. É absurdo e desrespeitoso com quem já trabalhou tanto”, destacou. Por isso, enquanto CSB/MT e Sintap, aponta que estará sempre atenta a participar de todas as manifestações para que juntos possam mudar este cenário tenebroso que se avizinha para todos os brasileiros.
Demais entidades
A diretora do Sindicato dos Jornalistas (Sindjor-MT), Sílvia Callichio, uma das entidades presentes ao evento através de seus trabalhadores que cobriam a manifestação, também lembrou que essa proposta precariza ainda mais o trabalho de todos e a tarefa dos jornalistas nesse contexto é ajudar a esclarecer à população quanto a este problema.
O diretor da CUT/MT, João Dourado, presente ao evento informou que é preciso que os trabalhadores fiquem mobilizados desde já e que dia 8 de março, onde se comemora data pela Mulher, grande prejudicada pela proposta, que as entidades sindicais discutam fortemente com suas bases sobre o problema e estratégias de combater a Reforma. “Temos que estar prontos para parar o Brasil se preciso for”, finalizou.
O presidente do Sindicato dos Servidores da Saúde e Meio Ambiente (Sisma), Oscarlino Alves, disse, em sua fala, que é preciso alertar as bases quanto ao fato de que esta reforma e demais atos do governo federal vem transferindo toda a carga tributária para o trabalhador e isso não é mais possível de ser aceito. Como falar em crise, segundo ele, quando, em Mato Grosso, plantar soja, algodão ou milho, por exemplos, dão alta lucratividade?
A Reforma da Previdência tem previsão de ser votada na Câmara dos Deputados nesta segunda-feira, caso seja votada a suspensão do decreto de intervenção militar no Rio de Janeiro. Caso seja votado nesta data, amanhã (20.02) segue para o Senado.
Fonte: Sintap/MT