Sindpd e Dieese promovem 2ª jornada do curso de negociação coletiva

A segunda turma também é composta por diretores do Sindpd, além de outros dirigentes sindicais do MT e Joinville

Realizado, desta vez, nos dias 18, 19 e 20 do mês de setembro, o curso de Estrutura e Processo de Negociação Coletiva ministrado pelo Dieese foi direcionado a outra parcela de diretores do Sindpd, totalizando cerca de 50 representantes, além dos dirigentes do Sindpd-MT, Sindpd-JLLE e Sindiesp.

O curso contou com o mesmo cronograma da primeira turma, tendo uma apostila organizada em cinco materiais e dividida em três dias consecutivos com estudos de caso, histórico de negociações coletivas no Brasil, estratégias e táticas, além de outros pontos abordados. Nos três dias, os participantes foram submetidos a diversas palestras, workshops e treinamentos com exemplos de mesa de negociação, cases de sucesso e outras habilidades que eles poderão presenciar enquanto representantes sindicais.

“Independentemente de termos conhecimento sobre qualquer tema que abordamos aqui [no curso], estamos em constante aprendizado e essa interação entre Sindpd e o Dieese nos permite potencializar o nosso crescimento e, consequentemente, no da categoria de TI”, disse Joel Chnaiderman, diretor do Sindpd-SP.

Já a diretora Priscila Sena Vieira, da base do Sindpd de Jundiaí, diz ser imprescindível para os dirigentes passar por treinamentos, palestras e cursos de reciclagem. “Temos que lidar com todas as questões da classe [de TI], seja questões simples de homologação, seja questões difíceis que demandem conhecimento específico, precisamos estar sempre competentes para dar esse respaldo a todo e qualquer trabalhador da nossa categoria”, explicou.

Veja abaixo a entrevista com o professor e supervisor de educação sindical do Dieese, Carlindo Rodrigues de Oliveira:

Sindpd – Qual a importância do seminário para o Sindpd?

Carlindo – A formação sindical é uma das atividades mais importantes dos sindicatos. Especialmente quando há uma renovação grande dos dirigentes, e/ou quando os mesmos não contam com espaços para reflexão sobre sua prática sindical. A formação potencializa a ação.

Sindpd – Como é pensada a capacitação desses profissionais, uma vez que o Dieese possui papel fundamental nesse treinamento?

Carlindo – O Dieese desenvolve atividades de formação sindical desde muito tempo. Aos poucos, foi formatando atividades específicas, muitas delas ligadas à negociação coletiva. A atividade que estamos encerrando para o Sindipd-SP é uma das mais solicitadas pelo movimento sindical: trata-se do curso “Estrutura e processo da negociação coletiva”, onde são tratados conceitos, histórico, etapas do processo de negociação, além de simulações de negociação, para reflexão dos dirigentes.

Sindpd – Agora, o Sindpd possui uma subseção do Dieese. De que maneira essa parceria pode beneficiar a categoria de TI?

Carlindo – A Subseção é uma unidade de trabalho do Dieese no interior de entidades sócias que têm uma demanda maior de assessoria. No caso do Sindpd-SP, começamos essa experiência muito recentemente, há dois ou três meses. A Subseção acompanha o desempenho do setor, das empresas, estrutura bancos de dados de informações macroeconômicas (crescimento econômico, inflação, desemprego, nível de ocupação etc), assessora a negociação coletiva e pode também atuar nas atividades de formação sindical. É uma “ferramenta” muito útil para o sindicato.

Sindpd – Durante o curso, foram propostas algumas dinâmicas que resultaram em discussões bastante enriquecedoras. Quais os objetivos desses questionamentos?

Carlindo – O objetivo da reflexão sobre a ação sindical, num espaço de troca de experiência, estudo e debate, num espaço onde não há que se ter preocupação de errar. Na vida real é que não podemos cometer erros. E é para isso que o curso serve.

Sindpd – Quais principais dificuldades os negociadores podem enfrentar e como se prevenir?

Carlindo – Há aspectos comportamentais e de organização da comissão negociadora que precisam ser muito bem conduzidos. Mas, antes de tudo, é fundamental que o sindicato reflita, na mesa, uma força que é construída nos locais de trabalho, resultado de um processo de mobilização dos trabalhadores. Uma boa atuação na mesa é fundamental, mas o que desequilibra mesmo é o poder de barganha que a categoria mobilizada acumula.

Clique aqui para ler sobre a primeira semana de curso

Fonte: Sindpd

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