Sindicatos ligados à FESERP-MG estranham greve nas prefeituras

Alguns sindicatos ligados à FESERP-MG estão vendo com “estranheza” a paralisação convocada pelas prefeituras de Minas Gerais, para esta terça-feira (21 de agosto), para protestar contra a falta de repasses do Governo de Minas aos municípios. “O governo estadual não vem honrando os seus compromissos principalmente com os servidores. A FESERP-MG e a CSB Minas estão totalmente solidárias com o funcionalismo estadual e apoiamos várias ações e movimentos das entidades representativas, mas não podemos esquecer que são raros os prefeitos ou prefeitas que respeitam os servidores municipais. Basta os trabalhadores partirem para uma greve legítima (por atraso no pagamento de salários, por recomposição salarial e outras demandas) que a primeira coisa que os prefeitos e prefeitas fazem é ameaçar e buscar na Justiça um meio de cortar o ponto dos trabalhadores e trabalhadoras”, analisou o presidente da FESERP-MG e da seccional mineira da CSB, Cosme Nogueira, que vê viés político-eleitoral na manifestação prevista para esta terça-feira.

Em Juiz de Fora, também há essa preocupação. Recentemente, quando o prefeito Antônio Almas (PSDB) criou um “gabinete da crise” para, supostamente, avaliar saídas para a situação financeira do município, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Juiz de Fora (SINSERPU-JF) questionou publicamente a medida, vista – como é de costume – para colocar na conta do servidor o ônus dos prejuízos causados pela Administração. “O sindicato acompanha atentamente as finanças do município e sabemos que não houve queda na receita. Além disso, só no período entre os 2 a 11 de agosto foram feitas 18 nomeações de cargos comissionados. Ora, se há crise o primeiro passo a ser adotado deveria ser reduzir o quadro de comissionados, avaliou o presidente do SINSERPU-JF, Amarildo Romanazzi, que vê na atitude do prefeito Antônio Almas uma “estratégia para desqualificar o atual governo estadual e promover, nesse período eleitoral, o candidato do seu partido, o PSDB”.

Em São Sebastião do Paraíso, os servidores decidiram, em assembleia convocada pelo Sindicato dos Servidores Municipais (SEMPRE-SUDOESTE), não aderir a essa á paralisação convocada pela Prefeitura.

Em Teófilo Otoni, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (SINDISETO) também negou adesão ao protesto, por entender que “os prefeitos querem usar os sindicatos para mobilizar servidores com objetivos eleitoreiros”.

Fonte: FERSERP/MG

Compartilhe:

Leia mais
Camara aprova teto salario minimo e mudança bpc
Corte de gastos: Câmara aprova teto para aumento do salário mínimo e mudança no BPC
CSB na Secretaria nacional da juventude conjuve
CSB assume cadeira no Conjuve, conselho que debate políticas públicas para a juventude
codefat aprova calendario pagamento abono salarial 2025
Conselho aprova calendário de pagamento do Abono Salarial para 2025; confira datas
regras aposentadoria 2025 reforma da previdência
Haverá ajuste na idade para pedir aposentadoria em 2025; entenda as novas regras da previdência
Câmara aprova fim da desoneração da folha de pagamento
Câmara aprova imposto mínimo de 15% sobre lucro de multinacionais, seguindo padrão da OCDE
aumento salário mínimo 1954 getúlio vargas
O que aconteceu no Brasil depois que Getúlio aumentou em 100% o salário mínimo
Fachada tst
TST derruba regra da reforma trabalhista que limitava acesso à Justiça gratuita; entenda
trabalhadora obrigada a mostrar os seios
Empresa é condenada a indenizar trabalhadora obrigada a mostrar os seios para superior
paralisação sindimetropolinato ônibus porto alegre
Rodoviários da região de Porto Alegre paralisam atividades por reajuste salarial não pago
Flavio Dino e Rubens Paiva
Lembrando Rubens Paiva, Dino defende que Lei da Anistia não se aplica a ocultação de cadáver