Reajuste para servidores – O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos promoveu nesta terça-feira (28) a segunda Mesa Nacional de Negociação Permanente para discutir a proposta de reajuste salarial com as entidades representativas dos servidores.
Durante a reunião, o ministério ouviu as contrapropostas apresentadas pelas entidades ao reajuste oferecido pelo governo em 16 de fevereiro.
Os sindicatos representantes representantes dos servidores federais rejeitaram a proposta de reajuste de 7,8% e um aumento de R$ 200 no vale-alimentação, então formularam uma contraproposta.
Diretor da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) e vice-presidente da CSB, Flávio Werneck participa das negociações e contou que foi apresentada uma contraproposta de 13,4% ao governo.
“Eles [representantes do governo] falaram que vão analisar, que acreditam que não tem como [chegar a 13,4%] dentro da LOA (Lei Orçamentária Anual) e que até sexta-feira encaminham qual a análise do governo, inclusive dizendo se dá para subir os 7,8% e quanto seria”, disse.
Werneck relatou também que mais uma reunião ficou pré-agendada para o dia 7 de março, e que há expectativa de que seja possível chegar a um acordo nessa data.
Os sindicalistas pediram também que o aumento de R$ 200 no vale alimentação fique de fora do orçamento de R$ 11,2 bilhões reservados para o reajuste para servidores.
A reunião abordou também questões como a coparticipação do governo no plano de saúde de seus funcionários e um possível aumento no valor do auxílio creche.
O secretário de Gestão de Pessoas e Relações do Trabalho do MGI, Sérgio Mendonça, apontou que, se houver acordo, o reajuste para servidores entrará em vigor em abril, o que permitirá que o governo simule a possibilidade de um valor superior aos 7,8% propostos.
A Mesa de Negociação desta terça-feira contou com cerca de 50 entidades representativas de servidores públicos federais e a equipe governamental liderada por Sérgio Mendonça, Edina Maria Rocha Lima e José Borges de Carvalho Filho.
Entenda a Mesa Nacional de Negociação Permanente
A Mesa Nacional de Negociação Permanente foi instituída originalmente em 2003 durante o governo Lula e teve 175 Termos de Acordos realizados até sua interrupção em 2016.
Com a reabertura da mesa em janeiro deste ano, o governo retomou o diálogo com os servidores públicos e reconheceu a importância da valorização das relações de trabalho para a democratização do Estado.
Coordenada pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, a mesa é composta pela bancada governamental e pela bancada sindical, representando as entidades sindicais dos servidores públicos federais de âmbito nacional.
A bancada governamental é composta pelos ministérios do Planejamento e Orçamento, Fazenda, Casa Civil da Presidência da República, Trabalho e Emprego, Previdência Social, Secretaria Geral da Presidência da República, Educação e Saúde.
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