Sindicato da categoria não descarta uma possível greve
Os servidores da área da saúde do estado de Rondônia fazem nesta quinta-feira (18) uma paralisação pelo não cumprimento de algumas promessas feitas pelo governo na Mesa de Negociações Permanente do Executivo. Inicialmente, o que seria uma greve por tempo indeterminado se transformou em um dia de paralisação após nova promessa por parte do governo. Caso não haja cumprimento do acordo, o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde no Estado de Rondônia (Sindsaude) não descarta o início de uma greve geral. O ato, que deve reunir aproximadamente 1200 servidores, acontecerá em frente ao Centro Político Administrativo (CPA), na capital Porto Velho.
Segundo o presidente da entidade, Caio Marin, as principais reivindicações da categoria são: Implantação da Gratificação de Atividade Executiva (GAE), pagamento da insalubridade, Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR), auxílio-alimentação, melhores condições de trabalho e, principalmente, o retroativo da progressão. Ainda segundo Marin, o governo já sinalizou que quer entrar em um acordo com a categoria.
“O governo enviou um documento na última terça-feira (16), sinalizando um acordo. Eles querem sentar com o sindicato e resolver, principalmente, o pagamento do processo da progressão, que já está prestes a sair. Eles já querem alinhar para o pagamento acontecer na folha de pagamento de setembro”, falou.
Durante o ato desta quinta-feira, os servidores serão comunicados do ofício enviado pelo governo, e o Sindicato deve dar mais um voto de confiança. “Nós vamos deliberar pela paralisação ou não. Essa assembleia de amanhã (18), na frente do Palácio, é para a gente dar mais um voto de crédito para o governo, mas, lógico, se não eles não cumprirem, haverá greve”, completou Marin.
Ainda segundo o presidente do Sindsaude, existe uma ata de reunião realizada no dia 11 de julho, na qual o estado se comprometeu a efetuar os pagamentos. “Em agosto não aconteceu esse pagamento devido a algumas inconsistências de cálculos e a relação de pessoas que tinham direito. Por isso, eles pediram mais 30 dias para resolver esse problema”, explicou.
Em todo estado são aproximadamente 9 mil servidores na área da saúde, 6 mil somente na capital. A categoria ainda sofre com as precárias condições de trabalho e salários congelados. “Temos escalas de serviço muito estranguladas, há uma sobrecarga de serviço e até mesmo casos de assédio moral”, disse Marin.
A categoria tem contado com o apoio da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB). “Ter uma central ao lado desse movimento dá uma consistência maior, dá uma visibilidade diferente por parte do governo”, finalizou o presidente do Sindsaude.
A última greve deflagrada pelos servidores da saúde de Rondônia aconteceu em 2012 e durou cerca de 29 dias.