Servidores públicos estaduais ocupam Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro

Trabalhadores protestam contra o pacote anticrise apresentado pelo governador Luiz Fernando Pezão

Servidores públicos do Estado do Rio de Janeiro de diversas áreas se uniram, nesta terça-feira (08/11), para protestar na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) contra os sucessivos ataques aos direitos trabalhistas e o sucateamento das instituições públicas estaduais. Durante o ato, a categoria ocupou a Alerj para que o pacote anticrise apresentado pelo governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) não fosse votado pelos deputados estaduais.

O governo do Estado do Rio de Janeiro anunciou, no dia 4 de novembro, no Palácio Guanabara, um conjunto de medidas para equilibrar as contas públicas. Entre as medidas, estão o aumento do desconto previdenciário de 11% para 14% e o aumento da tarifa do Bilhete Único de R$ 6,50 para R$ 7,50 em 2017. Uma das mudanças mais radicais é para aposentados e pensionistas que recebem menos de R$ 5.189. Hoje, eles são isentos de contribuição previdenciária, mas, se a lei for aprovada, passarão a ter desconto de 30% do salário. A duração proposta da alíquota extra é de 16 meses. Houve redução também nas secretarias. A de Cultura, por exemplo, foi unificada à de Ciência, Tecnologia e Inovação, e a de Transportes foi incorporada à de Infraestrutura.

Segundo Maria Barbara da Costa, secretária de Saúde da CSB e presidente da Federação dos Auxiliares, Técnicos Trabalhadores na Área da Saúde do Estado do Rio de Janeiro (FEESSRJ), se não houver mobilização dos servidores com certeza esse pacote será aprovado. “Com as medidas impopulistas tomadas pelo Pezão, os servidores não poderiam ficar calados.  As vidas dos trabalhadores serão afetadas profundamente por essas medidas caso aprovadas. A economia do Rio de Janeiro também. O dia ontem é um marco para sociedade carioca, pois demonstra a união de todos os trabalhadores contra os retrocessos trabalhistas”, afirmou.

Após toda a mobilização dos servidores, o governador Luiz Fernando Pezão não apresentou nenhuma resposta à categoria ou sociedade. “Os trabalhadores irão se reunir hoje à tarde para debater as próximas medidas a serem tomadas. Nós continuaremos as mobilizações até que o governo dialogue com os servidores e tire da pauta essas medidas que representam um retrocesso imenso”, disse Maria Barbara.

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