Caso não haja um acordo com administração, outra greve deve acontecer no próximo dia 20
Os servidores municipais da cidade capixaba de Domingos Martins fizeram na última semana uma paralisação de 24 horas em protesto à proposta de 2% de reajuste oferecido pelo atual prefeito Luiz Carlos Prezoti Rocha (PDT). Com data-base em abril, a administração não havia enviado nenhum projeto relacionado ao reajuste para a Câmara dos Vereadores. Esse fato fez com que o Sindicato dos Servidores Municipais de Domingos Martins convocasse uma assembleia.
Com a reivindicação de reajuste de 10,26%, o prefeito ofereceu pagar apenas 2%, o que causou a revolta dos sindicalistas e servidores. “Com essa proposta, não teve outro jeito a não ser uma paralisação de 24 horas. Provavelmente no próximo dia 20 faremos outra”, disse o presidente do sindicato, Carlos Eduardo Schwambach.
Na história do município, essa foi a primeira vez que os funcionários da administração paralisam os trabalhos. Participaram do ato do último dia 3 de junho aproximadamente 110 servidores das mais diversas áreas. O prefeito alega, que, com a atual crise econômica que os municípios têm enfrentado, está impossível conceder reajustes. Mas segundo o presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Domingos Martins, foram feitas contratações e festas.
“No último mês de abril foram contratados 18 servidores; então se está contratando, não tem como justificar a falta do reajuste. No último domingo (12), contrataram um coffee break para diversas autoridades, no valor de R$ 4.250, para no máximo 30 pessoas. Como justificam que não tem dinheiro?”, questionou Carlos Eduardo Schwambach.
O sindicato fez uma contraproposta abrindo mão de 2,67%, mas mesmo assim o prefeito segue relutante em não conceder o reajuste. A Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) tem apoiado o sindicato dos servidores, seja na estrutura de mobilização ou nas questões jurídicas. “É uma central que está em Brasília, uma entidade de grau superior, e com certeza causa um impacto na administração; eles sabem que não estamos sozinhos. Se você tem a bandeira do sindicato, é uma coisa, se tem a bandeira da CSB, já é outra negociação”, falou Schwambach.
O movimento foi apoiado pelos dirigentes CSB do Espírito Santo. “Estivemos lá com alguns dirigentes, faixas, bandeiras e demos também todo apoio jurídico”, falou Jorge Antonio da Silva Nascimento, secretário dos Serviços Públicos da CSB e presidente da Federação dos Servidores Públicos Municipais do Estado do Espírito Santo (FESPUME-ES).