Os servidores públicos federais terão reajuste de 51,9% no auxílio-alimentação, hoje em R$ 658. Com a medida, o benefício será de 1 mil a partir de 1º de junho. O auxílio-saúde também terá aumento e passará de R$ 144,38 para R$ 215, e o auxílio-creche R$ 321 para R$ 484,90, a partir de 1º de maio. O reajuste do auxílio-alimentação ocorrerá um mês depois devido a prazos administrativos relacionados ao fechamento da folha de pagamentos.
Os valores foram fechados nesta quinta-feira (25) em acordo entre as entidades representativas dos servidores e o governo federal, por meio da Secretaria de Relações de Trabalho do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI). O governo também se comprometeu a implantar até julho todas as mesas específicas de carreiras que ainda não foram abertas no âmbito da Mesa Nacional de Negociação Permanente.
De acordo com o ministério, o aumento do auxílio-alimentação resulta em ganho de renda de mais de 4,5% para mais de 200 mil servidores ativos que ganham até R$ 9 mil por mês. Os servidores com as menores remunerações e que recebem, simultaneamente, os três benefícios (alimentação, saúde e creche) terão aumento de até 23% na remuneração total.
Apesar da melhoria, as entidades representativas dos servidores criticam a falta de reajuste salarial para este ano, que significou uma quebra de compromisso feito pelo governo com a categoria no fechamento do acordo de reajuste para aquele ano. Na ocasião, os servidores aceitaram um percentual abaixo do pedido sob a promessa de que, neste ano, seria possível reservar mais espaço no Orçamento isso.
Leia mais: Governo confirma reajuste zero a servidores federais em 2024 e propõe mesas por categoria
Para a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), o reajuste dos benefícios foi positivo para os servidores, mas a entidade diz que vai continuar reivindicando reajustes entre 7% e 10% nos salários ainda para este ano.
“No termo de compromisso, não tem nada garantido sobre reajuste para 2024, mesmo as entidades tendo insistido nessa tecla. Mas não vamos jogar a toalha, porque é uma reivindicação histórica da categoria. Entendemos que a fase de congelamento de salários foi no governo anterior, então o momento é de conseguir recuperar o poder de compra do funcionalismo é agora”, avalia Sérgio Ronaldo da Silva, secretário-geral da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), em entrevista à Agência Brasil.
Uma das grandes críticas do funcionalismo ao reajuste apenas nos benefícios é que a medida exclui os aposentados, que representam grande parte da categoria.
“Não desistimos de incluir os aposentados nos benefícios acordados. Esses trabalhadores que construíram os serviços públicos, as Universidades, os Institutos Federais e tantos outros serviços importantes não podem ser penalizados por um governo que nós ajudamos a eleger. Continuaremos com nossas categorias mobilizadas na esperança de que o governo se sensibilize para essa justa reivindicação em benefício daqueles que tantas valiosas contribuições já deram aos serviços públicos brasileiros”, afirma o diretor de Relações Institucionais da Confederação dos Servidores Públicos do Brasil (CSPB), João Paulo Ribeiro.
Com informações de: Agência Brasil e CSPB
Foto: Agência Brasil