Servidores do Mato Grosso vão às ruas e prometem greve por tempo indeterminado

Pelo menos 90% da categoria devem parar na próxima terça-feira (31)

Os servidores estaduais do Poder Executivo do Mato Grosso realizaram na última terça-feira (24) diversos atos em protesto ao não pagamento dos 11,38% do Reajuste Geral Anual (RGA). Os trabalhadores liderados pelo Fórum Sindical, em conjunto com os sindicatos das categorias, fizeram uma caminhada pela avenida do Centro Político Administrativo, uma das mais movimentas de Cuiabá. De lá os manifestantes seguiram até o prédio da Secretaria Estadual de Gestão, onde ficaram concentrados com carros de som.641378c6-49eb-4e8e-9ef5-0ad35694c12a

Na manhã dessa quarta-feira (25), os servidores lotaram a Assembleia Legislativa para acompanhar a votação da derrubada do veto do pagamento do RGA para os trabalhadores do Poder Judiciário. Segundo o integrante da Direção Nacional da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) Antonio Wagner de Oliveira, que faz parte do Fórum Sindical, os servidores do Executivo apoiam a derrubada do veto. “Nós somos favoráveis à derrubada do veto, esse é um direito que eles têm, tal qual é direito do Executivo. Por isso, lotamos o auditório e as galerias da Assembleia com mais de 800 pessoas. Foi um momento histórico para o movimento sindical”, falou o dirigente.4e33527c-c0af-4e95-a2cc-c80c96bb572f

Durante o ato de terça-feira, o deputado Manoel Pinheiro (PMDB), que apoia o movimento, subiu no carro de som e levou aos participantes da paralisação a resposta oficial do governo à proposta dos parlamentares, de parcelamento do RGA, realizada na última semana. “O governo entregou a 1787df46-0a6a-4868-9f21-ff3cb1b4a12fresposta para a Assembleia Legislativa, que dizia não ter como pagar e nem como fazer uma previsão desse pagamento. Agora nós vamos fazer a pressão necessária, pois recursos a gente sabe que tem. Nós também já demos alternativas de como conseguir esse recurso”, falou Wagner.

Ainda segundo o dirigente, o governo tentou conversar diretamente com os servidores para evitar paralisações. “Eles tentaram levar os servidores para o lado deles fazendo reuniões no interior, inclusive a um custo muito alto. Estavam convocando os servidores em horário de trabalho, com intenção de desmobilizar o movimento. Mas os servidores estão do lado do sindicato e não vão arredar o pé. Essa atitude causou mais revolta e insatisfação”, completou Wagner.

Além de Cuiabá, outros polos também aderiram às paralisações dessa semana, incluindo Barra das Garças, Cárceres, Rondonópolis, Sinop, Juína e Tangara da Serra. Para a próxima terça-feira (31), aproximadamente 90% dos servidores de todo Estado aderirão à greve, que não tem dia para terminar. “Toda a força de segurança pública aderiu ao movimento, policiais civis, delegados, escrivães, agentes prisionais papiloscopistas e peritos criminais. Os bombeiros e policiais militares, que não podem fazer greve, vão fazer o aquartelamento. Vamos manter essa greve até o governo ceder, é um direito nosso e não vamos abrir mão disso”, finalizou o dirigente.

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