A base de servidores dos Institutos de Terras e de Defesa Agropecuária do estado de Mato Grosso, respectivamente Intermat e Indea, definiu em assembléia no último dia 25, entrar em ‘estado de greve’ a partir do dia 1 de junho. Isso significa, segundo explicou a presidente do Sindicado dos Trabalhadores do Sistema Agrícola, Agrário, Pecuário e Florestal do Estado de Mato Grosso (Sintap), Diany Dias, que esses segmentos podem entrar em greve a qualquer momento caso a negociação pelo pagamento da Revisão Geral Anual (RGA) não avance nos próximos dias.
‘Estado de greve’ é quando há comunicação ao governo do Estado de que estes segmentos podem entrar em greve a qualquer momento sem a necessidade de nova convocação de assembleia da categoria por edital e prazo. Assim, desde a data da assembléia, 98% dos servidores do Indea e Intermat que são filiados ao Sintap, representando um total de 950 servidores sendo 56 do Intermat, ficarão em alerta para serem chamados pelo sindicato a qualquer momento para fazer a greve acontecer em todos os 141 municípios onde atuam.
Caso ocorra a greve a presidente afirma que será cumprida a lei de greve com a paralisação somente de 70% dos servidores desses segmentos e mantendo os 30% de serviços essenciais. “Vão ficar trabalhando principalmente os 30% nos postos fiscais e nas barreiras fitossanitárias para continuarmos mantendo a fiscalização sanitária do estado de Mato Grosso”, garantiu Dias.
Importante destacar que, caso uma greve seja realmente deflagrada, haverá grande prejuízo ao Estado uma vez que os servidores dessas bases fazem parte de órgãos arrecadadores. “Mas acredito que o Governo virá falar conosco (servidores) porque ele não fechou as portas da negociação, então também não vamos entrar em greve imediatamente. Vamos estudar as possibilidades e estudar semana a semana a arrecadação, como indicou o Governador, e, vendo a proposta mais cabível para a base aceitar, faremos o desenvolvimento acontecer dentro do Estado com a garantia da implantação da RGA na folha do servidor”, salientou.
Com relação a acompanhar uma greve geral caso seja deflagrada pelo Fórum Sindical, entidade da qual o Sintap faz parte, a presidente afirma que o momento é de cautela. “Enquanto o governo não disser com todas as letras que a resposta é ‘não’ e sim estiver sentando e negociando e mostrando os números, conforme foi feito na última prestação de contas apresentada a todos, não teremos motivos para greve porque a porta de negociação não foi definitivamente fechada. Na hora que der realmente o ‘não’ aí sim poderemos engrossar as fileiras, pegar as bandeiras e estar à frente da greve fechando as unidades e fazendo com que o Estado de Mato Grosso conheça a força do Indea e Intermat e em como nós movimentamos a arrecadação do estado”, finalizou.
Fonte: Adriana Nascimento – Assessoria Sintap