Segurança para policiais penais: Sindcop visita empresa de raio-X e faz pedido à Fundacentro

Dirigentes do Sindcop de São Paulo (Sindicato dos Policiais Penais e Trabalhadores do Sistema Penitenciário Paulista) visitaram na semana passada a empresa VMI Security, que atua com equipamentos com tecnologia de raio-X para inspeção não invasiva de pessoas, cargas e objetos, e que operará no sistema penitenciário do estado nos próximos anos.

De acordo com o presidente do Sindcop, Gilson Pimentel Barreto, a empresa já começou a instalar scanners corporais nos presídios e apresentou seus equipamentos aos representantes dos policiais penais e trabalhadores do sistema prisional, que esperam que as tecnologias contribuam para mais segurança em seu trabalho.

O principal objetivo da visita foi conhecer mais sobre a utilização e manutenção do equipamento, principalmente sobre a questão da segurança dos servidores penitenciários, população carcerária e visitantes das unidades prisionais.

“É uma empresa que investe muito em pesquisa e inovação tecnológica, que entendemos que é muito útil para o sistema prisional. Nos mostraram com muita propriedade os produtos com que trabalham”, contou Barreto.

O secretário do Sindcop e secretário dos Trabalhadores em Segurança da CSB, Carlos Neves, também ficou satisfeito com a apresentação e acredita que os equipamentos vão colaborar para maior segurança para os trabalhadores nos presídios.

“A visita na VMI Security foi extremamente importante para conhecer o tipo de equipamento que a empresa está levando para o sistema penitenciário de São Paulo. A visita também ajudou a aumentar o conhecimento sobre equipamentos de radiação ionizante, cuidados, medição radiológica e normas para melhorar o trabalho de prevenção de acidentes de trabalho pelo Sindcop. O foco é a proteção da vida e da saúde dos usuários, dos servidores que operam estes equipamentos”, afirmou.

Pedido do Sindcop à Fundacentro

No mês passado, o diretor de Comunicação do Sindcop, Magno Alexandre Freire Cirino, e o diretor de Assuntos Jurídicos, Carlos Piotto, estiveram reunidos em Campinas com o presidente da Fundacentro (Fundação Jorge Duprat Figueiredo, de Segurança e Medicina do Trabalho), Pedro Tourinho para pedir que a instituição crie critérios de avaliação ocupacional no uso de equipamentos de inspeção corporal e de bagagem com tecnologia baseada em raio-X para a segurança pública.

O presidente da Fundacentro assinou um requerimento manifestando apoio incondicional da instituição na proposta apresentada pelo Sindcop e a demanda será objeto de estudo do órgão.

Vinculada ao Ministério do Trabalho, a instituição é responsável por promover estudos e pesquisas das condições nos ambientes de trabalho e pela criação das Normas de Higiene Ocupacional (NHO).

Pedro Tourinho tomou posse como presidente da Fundacentro em 28 de abril, no Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho, num evento que teve a participação de sindicatos, centrais sindicais, estudiosos, faculdades e entidades que discutiram sobre a necessidade de aprimorar a prevenção de acidentes de trabalho.

“É importante o retorno e reconstrução da Fundacentro na ajuda nos estudos e soluções para prevenção e acidentes de trabalho de todos os tipos, uma vez que muitas categorias não tem regulamentação ou regras que protejam os trabalhadores. Lembrando que trabalho, saúde e segurança, inclusive no trabalho, é direito humano”, disse Carlos Neves após o encontro.

Escâneres sem manutenção no sistema penitenciário de São Paulo

Em resposta a um pedido do sindicato, o deputado estadual Paulo Reis enviou um requerimento ao secretário de Administração Penitenciária, Marcello Streifinger, pedindo informações sobre a utilização de escâneres de retrodispersão nas penitenciárias de São Paulo. Além disso, o documento questiona sobre a possível relação entre a ausência de manutenção dos equipamentos e problemas de saúde dos servidores da Pasta.

O pedido destaca que as medidas de proteção dos trabalhadores que lidam com esses equipamentos devem incluir controles físicos e administrativos, limitação de acesso e sinais de alerta, programas de proteção individual e vigilância médica, visando manter os níveis de exposição dos trabalhadores dentro das normas estabelecidas.

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