Trabalhadores rodoviários de Esteio (RS) que estão em greve desde a segunda-feira (26) denunciam que têm sofrido tentativa de intimidação por parte da Prefeitura.
Acampados em frente à empresa Real Rodovias, eles contaram que uma viatura da Guarda Civil Municipal com dois oficiais tem feito fotos e vídeos dos grevistas sem qualquer explicação. A atitude já foi denunciada ao Ministério Público do Trabalho na segunda, porém nesta terça a viatura voltou a comparecer ao local.
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O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de São Leopoldo, que coordena a greve com apoio da CSB-RS e da Fetrarod, afirma que não há justificativa para o monitoramento, uma vez que o acesso à empresa não está interditado. Ou seja, não há trabalhador tentando acessar o local e sendo impedido pelos grevistas, conforme insinuou o prefeito Leonardo Pascoal em publicação em suas redes sociais.
“O Sindicato dos Rodoviários, de forma chantagista como de costume, anunciou estado de greve para esta segunda-feira, por não concordar com a proposta de reajuste oferecida pela empresa Viação Hamburguesa. Tenho certeza que essa não é a posição de todos os motoristas da empresa, que acompanham diariamente a queda de passageiros e são sensíveis ao momento do transporte coletivo”, disse em uma publicação.
Além disso, a categoria está cumprindo a determinação judicial de manter uma parte da frota em funcionamento, não havendo qualquer irregularidade na paralisação.
Representantes do sindicato disseram aos guardas municipais no local que tentar inibir ou impedir a realização de greve é ilegal, mas entenderam que os servidores estavam apenas cumprindo ordens.
“O Sindicato manterá o grupo de apoio e os trabalhadores vem reafirmando sobre a importância do movimento paredista, e vai adiante nos encaminhamentos para garantir que os trabalhadores saiam vitoriosos desta batalha”, afirmou o sindicato dos rodoviários em nota.
Uma reunião com o MPT sobre a greve está marcada para quarta-feira (28), em que mais uma vez os trabalhadores tentaram negociar suas reivindicações com as duas empresas que operam o transporte público na cidade.
