Rio Grande do Sul: Diretoria Regional está pronta para combater o desmonte do estado

Seccional gaúcha nasce para ampliar a representação da CSB na região e garantir o combate aos retrocessos

O penúltimo Congresso Estadual da CSB em 2017 terminou com a eleição da Diretoria Regional do Rio Grande do Sul na manhã desta sexta-feira (20). Após três dias de debates sobre a realidade política, econômica e social do Brasil e palestras de capacitação, a Seccional Gaúcha foi eleita por unanimidade em Gramado disposta a consolidar a CSB como a maior central do estado. Bandeiras como o enfrentamento à reforma trabalhista, ampliação das filiações e o combate a toda e qualquer tentativa de retrocesso, como a Portaria 1.129/17, que altera das definições de trabalho escravo, estão na linha de frente dos trabalhos da nova gestão.

Entusiasmada com os desafios que lhe serão atribuídos, Eliane Gerber, presidente do Sindicato dos Assistentes Sociais no RS (SASERS), disse que a presidência da regional gaúcha é um desafio. “Muito me honra esse compromisso que estou assumindo agora. Vamos lutar contra os desmontes sociais e outros mais que vamos enfrentar com seriedade. Que juntos possamos construir uma grande central no Rio Grande do Sul, vamos ocupar nossos espaços”, saudou a presidente eleita, destacando o crescimento de 83% da CSB no estado.

Mais de 200 pessoas estiveram no Congresso gaúcho, número que ratifica a evolução da Central. O número de filiados à CSB subiu de 43 para 79 até o final do evento. Categorias de 54 entidades estavam representadas em Gramado.

O presidente nacional, Antonio Neto, relembrou o diferencial da CSB em capacitar os dirigentes e a importância da consolidação da diretoria regional. “Procuramos fazer diferente, não nos curvarmos. O que não falta aqui é espaço para os companheiros e companheiras trabalharem. O que nos fará crescer é participação dos dirigentes aqui no Rio Grande do Sul, para ampliar o trabalho, fazer a Central ganhar musculatura”, declarou, apresentando João Alberto Fernandes como presidente de honra da Seccional RS.

Coordenador da Central no Rio Grande do Sul, Fernandes – que é vice-presidente nacional da CSB e presidente do Sindicato dos Administradores no estado (SINDAERGS/RS) – disse que não poderia se sentir mais honrado com o cargo.

Alvaro Egea, secretário-geral nacional, falou sobre a situação econômica do Rio Grande do Sul e apontou a Central como mais um instrumento de luta. “Estamos acompanhando a situação dramática do estado e a situação de desespero dos servidores. Estamos apoiando a luta contra esse processo de desmonte do estado, das instituições de pesquisa e de apoio”, criticou Egea.

Antonio Roma, secretário de Cultura, e Sergio Dienstmann, vice-presidente nacional, destacaram a importância do Congresso como ferramenta de união e capacitação. Ambos compõem a diretoria regional como vice-presidente e 1º secretário de finanças, respectivamente.

União e engajamento

Empenhados nas lutas locais das categorias do estado e contra os retrocessos nos direitos trabalhistas, os dirigentes propuseram moções de repúdio contra a Portaria 1.129 do Ministério do Trabalho, que fere a dignidade dos trabalhadores. Apresentada pelo SASERS, a moção aborda assunto que  foi motivo de ações da CSB ao longo da última quinta-feira (19).

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“A medida foi aprovada como contrapartida para a bancada ruralista votar a favor de Temer na nova denúncia de corrupção que será apreciada pelos deputados federais”, diz a moção dos Sindicatos dos Assistentes Sociais.

A Federação Sindical dos Servidores Públicos no Estado do Rio Grande do Sul (FESSERGS) levantou questões locais em três moções. Numa delas, a entidade critica o parcelamento dos salários dos servidores estaduais há mais de 22 meses. A outra manifestação faz referência ao Projeto de Lei 148/2017, que limita a liberação de dirigentes sindicais para a atuação em defesa das carreiras públicas do RS.

Em sua terceira moção, a FESSERGS apresentou seu total apoio aos professores estaduais e aos municipários de Porto Alegre que, segundo a entidade, estão “em greve contra as políticas liberais, os atrasos de salários e o desmonte dos servidores públicos”.

Retrospectiva

Entre os dias 17 e 20 de outubro, Gramado foi sede do Congresso Estadual do Rio Grande do Sul, que contou com a presença do ex-ministro Ciro Gomes, na cerimônia de abertura, e de palestras de capacitação sindical e política. Acompanhe a cobertura.

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