As centrais sindicais fizeram uma reunião com o Ministério Público do Trabalho nesta quarta-feira (1º) para tratar sobre a proteção aos trabalhadores das Lojas Americanas e demais empresas que serão afetadas pela crise causada por um rombo de R$ 40 bilhões descoberto nas contas da varejista.
Participaram da conversa CSB, CUT, Força Sindical, UGT, NCST, CTB, Pública Central do Servidor, Sindicato dos Comerciários do Rio de Janeiro e Dieese.
As entidades estimam que as demissões devem passar de 40 mil, incluindo funcionários diretos da empresa, de fornecedores e prestadores de serviço. Além do impacto no mercado de trabalho e no comércio, a crise deve afetar também os setores de indústria e serviços.
Veja também: Americanas: Centrais pedem que Justiça bloqueie patrimônio pessoal dos donos
Diante disso, o MPT considerou que a situação pode caracterizar dispensa em massa, se tais estimativas se concretizarem, e, portanto, será necessário haver tratativas com os sindicados, conforme jurisprudência recente do STF (Recurso Extraordinário 999435 – Tema 638, com repercussão geral).
Como as centrais já acionaram o Ministério do Trabalho a respeito da situação, o MPT afirmou que não é conveniente haver negociações paralelas, mas que pode haver uma atuação conjunta. A pasta comandada por Luiz Marinho (PT) ficou de realizar uma mesa redonda com a Americanas.
Os sindicalistas disseram que precisam saber quantos trabalhadores foram e serão demitidos, como serão pagas as verbas trabalhistas e querem negociar com a direção da empresa as condições dos trabalhadores.
O MPT acredita que a mediação é uma alternativa para o momento para chegar a soluções de interesse mútuo dos trabalhadores e da empresa. Assim, marcará uma sessão de mediação com representantes das duas partes e outros eventuais interessados. A data ainda não foi definida.