O estudo foi feito pelo “Tempo de Mulher”, do instituto de pesquisas Data Popular
Até o final deste ano, deverão ter passado pelas suas bolsas R$ 1,1 trilhão, valor equivalente ao PIB da Suécia ou da Bélgica. Será um crescimento de 83% na massa de renda das mulheres brasileiras num período de dez anos.
Em 2003, as mulheres brasileiras haviam recebido R$ 602 bilhões (já atualizados pelo INPC) –número que inclui a renda do trabalho (formal e informal) e benefícios (aposentadorias e pensão).
Os dados constam do estudo “Tempo de Mulher”, do instituto de pesquisas Data Popular, que mostra que, se seguirem seus planos, no final de 2013 elas terão comprado 6,5 milhões de celulares e 6 milhões de televisores.
“A massa de renda das mulheres (R$ 1,1 tri) é superior ao que toda a classe C –que reúne 104 milhões de brasileiros e representa 53% da população total do país– deve receber neste ano, um total de R$ 966 bilhões”, diz Renato Meirelles, sócio e diretor do instituto.
Os números são reflexo da mudança que permitiu maior presença da mulher no mercado de trabalho, seja porque estudou e buscou uma oportunidade, seja pela necessidade de complementar a renda da família.
Nas duas últimas décadas, houve aumento de 162% no número de mulheres com carteira assinada. No mesmo período, a população feminina teve expansão de 36%.
São 11 milhões a mais de brasileiras no mercado de trabalho formal nessas duas últimas décadas, contigente equivalente a quase toda a população de um Estado como o Rio Grande do Sul.
As projeções foram feitas a partir de dados do IBGE (pesquisas de orçamento familiar, mensal de emprego e nacional por amostra de domicílio) e com pesquisa realizada com 1.300 mulheres de 44 cidades brasileiras, entre dezembro do ano passado e fevereiro deste ano.
10 ANOS NA FRENTE
O crescimento da massa de renda das mulheres supera o avanço obtido pelos homens nos mesmos dez anos. De 2003 a 2013, o valor masculino deverá ter aumentado na ordem de 45%.
Apesar de todo o avanço, a massa de renda das mulheres deve atingir apenas neste ano o mesmo R$ 1,1 trilhão (trabalho formal, informal e benefícios) que os homens já conseguiram receber há dez anos, em 2003. Neste ano, a massa de renda masculina deve atingir R$ 1,6 trilhão.
Fonte: Claudia Rolli – Folha de S.Paulo