Discussão sobre remuneração mínima para entregadores avança no GT dos Aplicativos

Remuneração mínima para entregadores de aplicativos – Em mais uma reunião do GT dos Aplicativos, realizada nesta terça-feira (18) em Brasília, representantes dos entregadores anunciaram que apresentarão um estudo sobre os custos com os quais arcam para realizar o trabalho para que seja feito o cálculo de uma remuneração mínima para os trabalhadores, uma das principais demandas da categoria.

“Vamos falar tudo sobre custos: quanto custa a motocicleta, o baú, o capacete, porque isso é importante para a gente saber o que é realmente salário e quanto a gente paga para trabalhar”, contou Nicolas Souza, integrante da Aliança Nacional dos Entregadores por Aplicativos e dirigente da associação local de entregadores em Minas Gerais, que representa a CSB no grupo de trabalho.

De acordo com Souza, os dados devem ser apresentados aos representantes das empresas e ao governo na próxima reunião do grupo, marcada para 31 de julho. “As próximas duas semanas serão vitais para nós, para podermos dar um encaminhamento imediato a uma proposta que aumente os ganhos da categoria”, afirmou.

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O secretário-executivo do Ministério do Trabalho, Francisco Macena, avaliou que a discussão em torno da remuneração mínima avançou pela primeira vez nesta última reunião.

“Acho que pela primeira vez houve um acordo, tanto dos trabalhadores quanto dos empregadores, que tem que ter de fato a remuneração mínima. Houve um avanço no possível acordo sobre a indenização dos custos que cada serviço tem como seguro, gasolina e equipamento de proteção”, disse.

Segundo Macena, as plataformas também demonstraram abertura em ter mais transparência em relação a seus dados e processos de operação, como o bloqueio de trabalhadores. “Tem que ter uma transparência, tem que saber exatamente, como é que se dão os bloqueios, por que se dão os bloqueios”, defendeu.

Pontos de consenso

Durante a reunião, as plataformas também assumiram o compromisso de elaborar um documento com pontos de consenso entre as partes. De acordo com o Ministério do Trabalho, a ideia é dar celeridade às discussões sobre a regulamentação da atividade, sem a necessidade de firmar, por enquanto, acordos coletivos ou aprovar novas leis. A proposta foi aceita pelos trabalhadores.

“A proposta não tem o objetivo de abordar os conflitos jurídicos, mas sim focar no que é possível realizar de imediato. A ideia é que as empresas, juntamente com todos os sindicatos e o governo, assinem um compromisso que traga benefícios diretos para a classe trabalhadora. Esse é o nosso objetivo principal”, afirmou Vitor Magnani, presidente do Movimento Inovação Digital (MID), que representa empresas como 99 e Loggi.

Foto: Washington Costa

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