Central dos Sindicatos Brasileiros

Centrais fazem protesto por reajuste do piso regional do RJ, congelado desde 2019

Centrais fazem protesto por reajuste do piso regional do RJ, congelado desde 2019

As centrais sindicais realizaram nesta quinta-feira (30) um protesto em frente Palácio Guanabara, sede do governo do Rio de Janeiro, para exigir que o governador Claudio Castro envie à Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) um projeto de reajuste do salário mínimo regional do estado.

O piso regional do Rio de Janeiro está congelado desde 2019, quando teve um reajuste de 3,75%, sancionado pelo ex-governador Wilson Witzel. Com isso, duas das cinco faixas salariais do piso regional já estão abaixo do salário mínimo nacional, que hoje é de R$ 1.320.

Com a Política Permanente de Valorização do Salário Mínimo, o mínimo nacional será reajustado todos os anos pela inflação mais crescimento do PIB de dois anos anteriores, o que deve ampliar ainda mais a diferença caso a situação dos trabalhadores fluminenses não seja corrigida.

A faixa 1 do piso no Rio de Janeiro é de R$ 1.238,11 e a faixa 2, de R$ 1.283.73, sem qualquer previsão de correção. Assim, o estado é o único dentre as unidades da federação que adotam o mínimo regional a ter um piso menor que o nacional. Os demais – São Paulo, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul – possuem piso salariais que superam o nacional, sendo o menor deles de R$ 1.521 para a primeira faixa em Santa Catarina.

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Confira os atuais valores e categorias do piso regional do Rio de Janeiro:

Faixa 1 – R$ 1.238,11: Auxiliares de escritório; catadores de material reciclável; empregados domésticos; guardadores e lavadores de veículos; trabalhadores agropecuários; trabalhadores de serviços de conservação e manutenção, entre outros.

Faixa 2 – R$ 1.283,73: Ascensoristas; auxiliares de creche; cabeleireiros e manicures; barbeiros; carteiros; cozinheiros; comerciários; cuidadores de idosos; esteticistas; garçons maqueiros; merendeiras; motoboys; operadores de caixa; pedreiros; pintores; trabalhadores da construção civil; trabalhadores de serviços de proteção e segurança, entre outros.

Faixa 3 – R$ 1.375,01: Agentes de trânsito; auxiliares de enfermagem; baristas; bombeiros civis; condutores de veículos de transportes; eletricistas; frentistas; guias de turismo; marceneiros; porteiros;telefonistas e operadores de telemarketing; trabalhadores de sondagem e ligas metálicas; zeladores, entre outros.

Faixa 4 – R$ 1.665,93: Bombeiros civis líder; entrevistadores sociais; podólogos; técnicos em contabilidade; técnicos em enfermagem; técnicos em farmácia; técnicos em laboratório; trabalhadores de nível técnico registrados nos conselhos de suas áreas, entre outros.

Faixa 5 – R$ 2.512,59: Fotógrafos; intérpretes de Libras; motoristas de ambulância; técnicos de eletrônica; técnicos de instrumentalização cirúrgica; técnicos de segurança do trabalho; técnicos em radiologia; técnicos industriais de nível médio, entre outros.

Faixa 6 – R$ 3.158,96: Assistentes sociais; bibliotecários; biólogos; contadores; economistas; enfermeiros; fisioterapeutas; jornalistas; nutricionistas; pedagogos; professores de Ensino Fundamental (1° ao 5° ano) com regime semanal de 40 horas; psicólogos; sociólogos, entre outros.